Quarto da Blair & Jake

Ouvi o seu gemido e com um beijo abafei-o na minha boca. Com cuidado, levantei mais o seu corpo e comecei a penetrá-la cada vez com mais rapidez. A água corria por cima de nós e fazia-me estremecer com a diferença de temperatura entre a água e eu e só sentia necessidade de abraçar Blair com mais força.
- Blair... - Murmurei de encontro ao seu ouvido, enquanto gemia baixinho.

Sorri quando gemeu o meu nome e beijei o seu pescoço.
- Hmmm... - disse contra o mesmo, agarrando-me melhor a ele.

Sem aguentar muito mais, senti o meu corpo explodir de prazer. Agarrei o corpo de Blair com força e permaneci quieto durante algum tempo a tentar controlar os espasmos que me percorriam. Esperei um pouco antes da a largar para ter a certeza que não tinha sido o único a atingir o orgasmo. Com um beijo rápido nos lábios dela, larguei o seu corpo suavemente. A minha respiração ainda estava ofegante quando agarrei no chuveiro. Sorri-lhe.
- Pronta para refrescar?

Sorri quando o senti estremecer contra mim, num onda de prazer e não demorei muito a fazer o mesmo, gemendo o seu nome o mais baixo que me foi possível.
Mordi o lábio face à sua pergunta e assenti, rindo-me.
- Sem dúvida que é o melhor a fazer. - pisquei-lhe o olho.

- Concordo. - Murmurei com um sorriso traquinas, enquanto virava a água toda a para o frio e a virava contra ela. Comecei a rir-me que nem um puto pela brincadeira parva com água que eu acabava sempre por começar. Já no refeitório, pouco tempo depois de nos conhecermos, tinha acontecido o mesmo.

Saltei quando a água gelada me atingiu o corpo e bati-lhe no peito.
- Estás de castigo. - provoquei enquanto virava a água para a morna.
Tirei-lhe o chuveiro da mão e molhei o corpo e o cabelo, virando-o depois para dele e entregando-lhe com um beicinho fingido.

- Ai estou? - Perguntei a levantar a sobrancelha, numa expressão de desafio. - Então e qual vai ser o meu castigo?
Automaticamente ela começou a lavar-se e eu fiquei a observá-la enquanto o fazia. Aquilo estava a ser tão erótico que tive de me virar para o outro lado para não ficar teso de novo. Com cuidado, acabei por retirar de novo o preservativo, dei um nó e fiz pontaria para o caixote do lixo perto da sanita. Acertei à primeira e, com um sorriso, voltei a virar-me para Blair enquanto ela me entregava o chuveiro. Passei-me por água de novo e depois agarrei no champô.

Fiz um sorriso malicioso.
- Proibido qualquer toque. Nem um beijo na bochecha. - pisquei-lhe o olho.
Peguei no champoo, reparando que se virara de costas e sorri maliciosamente mais uma vez; esfreguei o champoo no cabelo e depois passei gel pelo corpo.

Eu levantei a sobrancelha com um sorriso irónico.
- Claro. - Disse, enquanto me aproximava dela, mas sem lhe chegar a tocar. Queria provocá-la. - Aposto que serias tu a primeira a desistir desse castigo.
De seguida, sem lhe dar oportunidade de fazer alguma coisa, saí da banheira. Já tomara banho antes, não ia precisar de lavar de novo a cabeça ou o corpo.

Sorri.
- Ooh Jake, nem sabes do que sou capaz. - acabei de tomar banho e saí do duche, enrolando uma toalha no corpo e secando o cabelo com outra. - Sou boa a resistir. - encolhi os ombros com um sorriso malicioso.

- Tão boa como foste até agora? Deixa-me rir. - Sim, estava de novo a provocá-la, ironizando toda a situação entre nós. Sabia bem; que podia dizer mais? A culpa não era minha por gostar de a ver toda eriçada. Além disso, ela punha-me a fazer estas coisas porque também gostava de me provocar e eu deixava-me levar. Só que agora, ia ser diferente.

Sorri inocentemente.
- Foste tu quem veio ter ao banho quando já tinha tomado um. Foste tu quem não resistiu. - pisquei-lhe o olho novamente com um sorriso matreiro. - E eu consigo ser mesmo muiiito provocadora. - dei uma entoação especial ao muito, deixando a toalha cair sobre a cama e começando a vestir-me.

- Tu é que insististe! - Comecei a rir-me e depois pisquei-lhe também o olho. - Sabes, eu acho que não chegas aos meus calcanhares, porque eu, sim, sou deveras provocador. - E dito isto, vesti apenas os meus boxers, deitando-me sobre a cama enquanto olhava para o tecto.

Ri-me, divertida.
- Então se eu insistir, tu acabas por tocar-me e eu ganho. - fiz uma careta com um sorriso matreiro a acompanhar.
Depois de vestir a roupa interior, fui ao closet e peguei numa das suas camisolas, vestindo-a.

- Nem por isso. Agora se insistires, vou ignorar. - Sorri ainda deitado sobre a cama totalmente descontraído, enquanto a via vestir-se com uma das minhas camisolas. De seguida, tirei uma bebida do mini-bar ao lado da cama. Abri a garrafa e comecei a beber. - Vestir a minha roupa faz parte da provocação?

Fiz-lhe uma careta com um sorriso matreiro.
- Depende. Talvez seja. A tua roupa está a tocar-me. - gozei.
Depois fiquei mais séria.
- Mas, ya, tu vais aguentar bastante tempo sem me tocar porque tu não queres fazê-lo mais, provavelmente. - encolhi os ombros levemente como se aquela aterradora ideia não me preocupasse quando, na verdade, preocupava.

- Vês como sabes. - Concordei com ela, levando a garrafa mais uma vez à boca. Tentei permanecer quieto no local onde estava, enquanto tentava imaginar passar os dias sem tocar-lhe. Seria uma tortura autêntica.

Eu suspirei, aborrecido.
- E se fôssemos dar uma volta? - Inquiri, levantando-me da cama num salto. Vesti uma t-shirt simples à toa e uns calções; sorri muito. - Vamos? Aqui não se faz nada.

Assenti e levantei-me, despindo a sua t-shirt que eu vestira e pousando-a na cama direitinha para depois a vestir novamente; dirigi-me ao closet e peguei num vestido, vestindo-o e calcei-me, pegando na minha mala pequena.
- Preciso de ir comer. - disse enquanto abria a porta do quarto para sair, depois de ter apagado a televisão.

- Okay. Já que falas nisso, também estou cheio de fome. - E segui atrás dela, lembrando-me que já não comia à um bom bocado. Com as mãos na barriga, tentei imaginar um prato cheio de panquecas com chocolate por cima. Huum, que delícia.

Entrei no colégio e fui direta ao meu quarto; despi a roupa e fui tomar banho, vestindo depois a roupa interior e uma camisa de noite. 
Dirigi-me para o sofá e aninhei-me no mesmo, abraçando a almofada e fechando os olhos. Aquilo era tudo culpa minha, eu é que tinha ideias idiotas.

Ainda irritado, abri a porta do nosso quarto com a mão boa. Pelo caminho, a outra mão voltara a sangrar e isso atraíra alguns olhares estranhos. É claro que a minha t-shirt molhada também ajudava a chamar as atenções.
Assim que entrei, vi Blair deitada no sofá e nem sequer lhe disse olá. Dirigi-me à casa-de-banho, onde me despi sem demoras e tomei um duche rápido. Voltei a vestir os meus boxers e agarrei naquela roupa, pondo-a perto do resto da roupa suja. De seguida, desinfectei a minha mão e saí da casa-de-banho, indo imediatamente para a cama. Fechei os olhos e fingi que dormia.

Estremeci quando ouvi a porta do quarto bater e depois a da casa de banho.
Espreitei por um olho quando ele voltou ao quarto e vi que se deitara; suspirei e aninhei-me ainda mais. O sofá era pequenino, mas eu também, portanto não fazia diferença.
Coloquei os pés sobre um dos braços do sofá e abracei a almofada com força, tentando adormecer.