Quarto da Felice - F&M

Acho que até os meus olhos deviam estar a brilhar. Pelo menos o meu sorriso era enorme. Ter Mikko oficialmente só para mim é algo que sempre quis. Provavelmente desde o primeiro dia que o vi.
Como nem sequer sabia o que dizer, apenas voltei para o colo dele e abracei-o com força. - Tens a certeza? - Murmuro, um pouco emocionada. - Olha que não vou deixar que digas a palavra divórcio sequer! - Brinquei, ainda com o rosto escondido no seu pescoço.

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Solto uma pequena gargalhada fofa, não muito alto, por estar tão próxima dele. Aquelas palavras encheram o meu coração e a minha alma. No meio de tudo aquilo... Eu neste momento sinto-me feliz. Verdadeiramente feliz. - Antes dessa parte da morte e quês, tens de me pedir em casamento, sabias? Há uma ordem... - Brinco, ainda agarrada a ele.

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Ri-me de novo. - Sim, de facto tens razão... - Murmuro, afastando o mesmo rosto só para poder ver o dele. - Parece que temos de começar a pensar nisso, já que estamos os dois de acordo com a ideia do casório...

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- eh, eh, não - parei-a logo ali - só pensas nisto depois de eu fazer o pedido, está bem? Isto foi só uma conversa para ver se estávamos os dois na mesma página ou não - sorri.

Afasto-me mais, saindo até do seu colo, e fico a observá-lo atentamente. - Eu conheço esse olhar. Tu já tinhas isto tudo pensado. E sei lá se não tens o resto pensado também. - Resmungo, mas logo volto a sorrir. - Oh, agora eu vou ficar curiosa... - Volto a resmungar mas de uma forma fofinha e cruzo os braços ao peito.

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Ela já me conheci bem. Era claro que tinha isto pensado, nunca fora um de dizer coisas destas espontâneamente. - Vou fazer as coisas à minha maneira e apanhar-te de surpresa - Não quereria as coisas de outra maneira. Fui quebrar a sua fingida birra com um beijo. Não um simples toque de lábios mas antes um contacto carnal, um despertar para o prazer.

- Oh... - Murmuro, completamente feliz. Abraço-o com força e apenas me deixo levar por ele. Aquele beijo roubou-me o fôlego, então quando fizemos uma pausa para respirar, eu sorri-lhe completamente apaixonada. - Obrigada, meu anjo. Por me trazeres felicidade mesmo quando eu penso que estou no fundo de um poço. Meu deus, eu amo-te tanto. - Murmuro, roubando-lhe mais um beijo daqueles. - Ama-me. - Pedincho, entre beijos.

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Eu não suportava vê-la em baixo por isso faria sempre o que estivesse ao meu alcance para a faser feliz. Especialmente num dia como o de hoje.
Se isto significasse fazermos amor, assim o faria, como era o seu pedido. Demonstrar-lhe-ia justamente quanto a amava, mas sem recorrer a palavras, apenas contacto corpo a corpo.
Segurei nela e levei-nos do sofá para a cama. Encurralei-a entre o colchão e o meu corpo tenso. Procurei os seus lábios para mais um daqueles beijos intensos.

Deixei-me levar por ele, completamente feliz. Às tantas, levei uma das mãos à sua, e entrelacei os meus dedos nos seus. A outra mão levei até as suas costas, acariciando-as enquanto nós beijávamos. - Sabes que quando me pedires em casamento vais estar quase a fazer uma pergunta ao qual já sabes a resposta, certo? - Sorri, depositando doces e rápidos beijos nos seus lábios.

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- Eu disse para esqueceres este assunto - comentei ligeiramente divertido. Sabia que o sim estava garantido, por isso só me restava ganhar no elemento surpresa. Era a única maneira de o tornar memorável para os dois, mesmo sendo algo já tacitamente acordado.
Tentei calar os seus pensamentos com mais um beijo acompanhado por um toque nada inocente da minha não nos seus seios.

- Uhum, esquecido. Não dá para pensar muito quando me beijas e tocas assim. - Murmuro com sorriso de quem está completamente feliz, correspondendo a todos os beijos que me dá. Enquanto ele me toca daquela maneira quase indecente, eu apenas me deixo levar, sem de facto retribuir de uma forma parecida.

Assim sim gostava mais de a ver.
O passo seguinte foi tirar-lhe toda e qualquer peça de roupa. Fi-lo controlando a minha vontade de lhe rasgar tudo. Antes, peça por peça, cada uma removida entre beijos e carícias. Os meus lábios foram parar ao seu pescoço, descendo até um dos seus mamilos e aí dediquei a minha atenção por momentos.

Estava completamente à sua mercê. O meu corpo apenas se mexia consoante aquilo que ele ia fazendo, de forma quase que automática. Estava algo tensa durante a troca de beijos e a remoção da roupa, mas assim que ele ele começou a beijar o meu pescoço, eu apenas pousei a minha cabeça na almofada e deixei-me levar, relaxando. Logo aquela boca estava de volta de um mamilo meu, e eu acabei por gemer, ainda que baixinho. Como que pedindo para continuar, levei a mão aos cabelos dele, acariciando-os.

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O seu corpo transmitia imensos sinais e eu já aprendera a segui-los. Era a melhor forma de lhe dar prazer e esse era, em última instância, sempre a minha primeira prioridade.
Regressei com os meus lábios aos dela mas a minha mão foi ativamente procurar o seu botão sensível a acaricia-lo com cuidado. Os gemidos dela eram música para os meus ouvidos.

Larguei a mão dele assim que o senti ali. Ele sempre soube como me tocar, e com o passar dos anos foi ficando cada vez mais experiente no meu corpo. Desta vez, eu deixei as mãos simplesmente caídas ao lado do meu corpo, e abri um pouco mais as pernas. Se cada toque suave dele me deixava alterada, se se prolongasse eu sentia-me no céu. E agora é o que sinto. Relaxada, amada e completamente excitada. - Eu quero mais. - Resmungo, entre pequenos gemidos.

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Eu estava pronto para lhe dar mais e nada me deixaria mais contente do que satisfazer a sua exigência. Assim, deslizei dois dedos para o seu interior enquanto o meu polegar continuava dedicado ao seu clitóris. Mas não me fiquei por aqui. Cheguei os meus lábios aos seus mamilos sensíveis e cada um recebeu a minha atenção.
Com isto tudo também eu estava demasiado excitado, visivelmente notório. Mas queria agora focar-me só nela.

Solto um gemido arrastado e mais alto assim que senti os seus dedos dentro de mim. Na verdade, contorci-me ligeiramente. Acho que estou outra vez muito sensível e carente, talvez isso me deixe assim. Suspiro e continuo de mãos ao lado do corpo, mas não por muito tempo. O prazer vai aumentando, e eu levei as mãos a agarrar a almofada onde tenho a minha cabeça. As minhas pernas estão mais abertas, e de vez em quando começam a tremelicar. Mas o magano, nesses momentos, abranda. Ele sabe é muito. - Continua! - Resmungo entre gemidos.

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- De olhos abertos? Oh Deus do céu... - Suspiro e levanto a cabeça quando ouço aquele som maravilhoso que ele faz a despir a própria roupa. Sim, até desse som eu gosto.
- Nossa senhora. - Murmuro ao ver o seu membro mal ele baixa as calças e os boxers e mordo o meu lábio. Volto a pousar a cabeça na almofada e respiro fundo, preparando-me para o que se segue. Se quando ele penetrou os seus dedos eu gemi, então desta vez eu gemi a sério. Estava já super sensível, e aqueles movimentos dele eu estava outra vez muito próxima de um orgasmo. Com muito esforço, eu estava de olhos abertos. Conseguia ver aquele seu olhar endiabrado, que eu tanto gosto. É um olhar endiabrado bom. Bom não, maravilhoso, perfeito, ótimo.
E de repente, eu estou lá de novo. Tão perto do orgasmo, e ao mesmo tempo parece que nunca mais lá chego. Aquela aflição é terrível e muito gostosa ao mesmo tempo. De súbito, venho-me finalmente. Sem me lembrar que não estamos sós, quase grito de prazer. As minhas mãos seguram a almofada com toda a força que tenho, e o meu corpo mexe-se, sem eu o conseguir controlar naquele momento. Vim-me de uma forma brutal.

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Não diria que dominava...mas dominava. Olhando para ela e vendo como o seu corpo estava tenso da cabeça aos pés, como as suas costas arqueavam sempre que eu remetia o meu membro novamente, como as suas pernas tremelicam, como as suas mãos estavam fechadas em punho...eu tinha o absoluto controle e adorava. Para meu encanto, ela manteve os olhos abertos e era espetacular ver as sensações que ela transmitia só com o olhar. Por isso arremeti com mais força até a levar ao orgasmo. Novamente a palavra era espetacular. Ali estava ela em tosa a sua glória e, foda-se, se não era a mulher mais linda no planeta.
- Felly... olha só para ti - comentei deliciado. Aproximei-me, cobrindo o seu corpo com o meu por cima mas ficando apoiado nos meus braços para não a esmagar com o meu peso. Capturei os seus lábios. Fitei-a assim que tive oportunidade- Nunca me vou cansar disto. De ti. Amo-te.

Sorri contra os seus lábios e mordisquei-lhe o lábio inferior. As minhas mãos voaram até as suas costas, acariciando-as de seguida. - Acho bem que nunca te canses. - Sussurro, e logo volto a beijá-lo. - Amo-te mais. Mas... Não olhes assim para mim, nós ainda não acabámos. - Resmungo, olhando pelos nossos corpos abaixo.

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- Tal como disse, nunca me canso disto. Se estás pronta para outra, eu também estou - informei num tom orgulhoso. Podíamos ficar naquilo a noite toda que não me cansaria. - Alguma ideia fora da caixa?