Hotel

Sorri-lhe algo maliciosamente. Tirei da mala uma camisa branca lavada e vesti-a. - Ela preocupa-se sempre connosco, sabes como é - Disse. Então olhei-a. Ela estava linda - Estás sempre uma gata.

Mordisquei o meu lábio com força, apreciando-o descaradamente - Hmm, de camisa? Deve ser para eu ta arrancar do corpo à força toda mais logo, não? - Murmurei, de olhos semicerrados, suspirando depois - Ai sim? Mesmo assim eu sei que tu achas que eu fico bem mais gata se não tiver roupa - Murmurei, tapando os ouvidos do menino - Não podes ouvir, o pai está a dizer disparates - Ri baixinho.

- Claro que sim. Eu penso logo nessas coisas, sabes - ri-me. O quarto era grande e havia uma salinha de parte onde podiamos deixar Milo a dormir no carrinho. Isso dar-nos ia privacidade. - O pai não está a dizer disparates nenhuns. A mãe é que está a provocar o pai.

Continuei de olhos semicerrados e abanei a cabeça - Tu vais-te pôr todo jeitoso, provocas-me, e depois dizes que sou eu? Mau mau... - Disse baixinho, rindo depois baixinho. - eu sei que o hotel tem uma cresce onde o podíamos deixar mas.. Eu não sei - Fiz uma careta, olhando o nosso pequeno Milo que me implorava pela minha atenção.

EU só tinha mudado de camisa. Apenas isso. - Já sou jeitoso por natureza. Não posso fazer nada a esse respeito - Soltei uma gargalhada convencida. - Mal chegámos. Quero que fiquemos todos juntos - Ainda há pouca horas tinham-nos assaltado a casa.

Ri-me também do que ele disse e peguei melhor em Milo, sorrindo-lhe - Exacto, e eu também não sei se ia conseguir deixar o nosso tesourinho com estranhos. Não é bebé? - Dei-lhe uma grande beijoca na bochecha e ri baixinho ao vê-lo todo sorridente - Olha o esperto, também gosta que as gatas lhe dêem beijocas... - Dei-lhe mais outra e ele soltou uma valente gargalhada, o que me fez ficar toda contente

- é mesmo esperto, sai ao pai!
Soltei uma gargalhada e olhei para o nosso bebé, o nosso Milo.

- Mikko? - Chamei por ele baixinho, aproximando-me mais dele - Sabes que te amo, não sabes? - Perguntei baixinho, encostando-me depois a ele com cuidado, por ainda ter o menino nos meus braços.

Claro que sabia. Com cuidado, rodeei a sua cintura com os meus braços. Olhei-a profundamente - Claro que sei. Eu também te amo.

Sorri ao ouvir aquelas poucas mas excelentes palavras, que naquele momento tinham mais poder que tudo. Suspirei e pousei um pequeno beijo no seu peito, voltando depois a olhar para ele - Nunca me vou cansar de ouvir essas palavras, amor - Sorri docemente.

- ainda bem porque eu não me vou cansar de tas dizer - disse em resposta.
Quando já estávamos todos prontos, descemos até ao restaurante do hotel.

Levámos Milo no carrinho dele, pois se não o fizéssemos nenhum dos dois ia conseguir comer em paz. E como Milo já estava quase a adormecer, melhor ainda. Sentámo-nos numa das mesas mais ao canto e tracei as pernas, pegando depois no cardápio. Escolhi a entrada que queria e depois escolhi o melhor vinho que o restaurante tinha.

Eu estava com pressa para acabar com aquele jantar e ainda nem começáramos a comer. Era bom ter um momento de tranquilidade com a familia mas tinha imagens de Fel na minha cabeça e só a queria na cama, nua, debaixo de mim - ja escolheste?

- Sim, sim - Fiz os pedidos da minha parte depois de Mikko fazer os dele e depois sorri simpaticamente à empregada que rapidamente se retirou. Sorri de canto ao ver que Mikko me olhava, não com um sorriso qualquer, mas com aquele sorriso - O que foi...?

Ela já me conhecia tão bem e sabia quando eu estava assim. - Estou a lembrar-me do que disseste à pouco... que eras ainda mais gata sem nada vestido e pronto...

Cheguei-me mais para a frente e descalcei o meu sapato, esticando depois a perna, pousando o meu pé descalço entre as suas pernas, provocando o seu membro - Ai sim? Pois, eu sabia que concordavas comigo amor - Como a mesa tinha uma toalha grande e do outro lado só havia a parede, ninguém via nada.

Fiz um esgar para conter um gemido. O meu membro acordou e foi aos poucos endurecendo. Ela era tão, tão má - Querida, ainda nem começamos com as entradas e... que caraças. Perdi este apetite. Quero-te noutro sitio.

Sorri de canto, mordiscando o lábio - Este apetite... - Repeti as suas palavras, deixando o meu pé onde estava - Gosto tanto de te ver assim... Aflito, com vontade de me pegares ao colo e me levares para outro sítio e me possuíres como se não houvesse amanhã - Suspirei, engolindo depois em seco. Sorri à empregada quando esta voltou com a bebida e com as entradas, agradecendo depois. Não retirei o meu pé de lá, nem o vou fazer. Peguei no meu copo de vinho e bebi calmamente

- Não me testes.Estou bem capaz de te agarrar e levar para o primeiro sitio disponivel - ri-me, contorcendo-me depois por causa do desconforto da ereção - estás a deixar-me pior.

Retirei o pé de lá enquanto bebia e depois limpei a boca ao guardanapo - Respira fundo amor. Tem calma... Come o que pediste - Sorri-lhe, começando depois a comer. Como era uma pequena entrada, não demorou mais do que dois minutos. Assim que terminei, calcei o meu sapato e mordi o lábio - Vou à casa de banho num instante, não demoro nada amor. Se entretanto a empregada chegar, pede qualquer coisa da lista - De seguida levantei-me e fui à casa de banho, metendo-me numa das privadas. Tranquei a porta e despi as minhas pequenas cuecas rendadas, amachucando-as na mão, metendo depois a mão debaixo do outro braço, escondendo assim o que eu ali levava. Saí então da casa de banho e voltei para perto dele. Beijei-o intensamente, sem me importar se os outros estavam a ver ou não, e entretanto coloquei discretamente as minhas cuecas num dos bolsos das suas calças. Depois fui sentar-me no meu lugar e sorri - Já fizeste os pedidos amor?

Tinham sido minutos torturantes. Fizera uns pedidos quaisquer enquanto esperava para ela. Milo entretanto adormecera, por isso nem ele me distraía muito. Senti-a deslizar alguma coisa para as minhas calças e depois de meter a mão no bolso, percebi o que era - sua... safada. estás a pedi-las, Felly.

Sorri perversamente ao ouvir as suas palavras e abanei a mão - Está calor aqui, não está? - Mordi o lábio, voltando a descalçar-me, só para ver, ou melhor, sentir o estado em que ele se encontra. Assim que o meu pé tocou ao de leve no seu membro, estremeci - Hmm... - Gemi baixinho, bebendo um pouco do vinho fresco - Se calhar estou, sim - Retirei o pé novamente e respirei fundo

- Deve estar... - murmurei, olhando-a acusadoramente. Ela tinha este poder sobre mim, deixava-me  de tal forma excitado que... ai, doía! - se continuares a pedi-las, vais-te arrepender porque eu levo-te para o quarto e vou ter que te castigar.

Sorri perversamente e molhei os lábios - É exactamente isso que eu quero. O meu namorado é tão esperto.. - Continuei com aquele meu sorriso, mas mudei para um sorriso simpático quando vi a empregada a chegar com a nossa comida - Que rapidez... Nós agradecemos, é que não só temos fome como temos pressa - Ri baixinho, olhando para a rapariga que poisou os olhos no meu namorado, toda babada. Revirei os olhos e bati com a mão na mesa com alguma força de propósito para a acordar dos pensamentos porcos, sim, só podiam ser porcos, e sorri-lhe quando me olhou- Pode ir, obrigada. - Afirmei agora com um sorriso cínico.

Claro, eu até devia ter adivinhado antes. Claro que ela ia querer ser castigada. Não disse mais nada em relação ao assunto, mas observei-a com intensidade e desejo enquanto Felice falava com a empregada. Quase me ri com a cena de ciúmes - não é preciso teres ciúmes, amor, eu chego bem para as duas - gozei.