Hotel

Finquei as minhas unhas nas suas costas e gemi baixinho, rindo baixinho assim que consegui e dei-lhe um leve beijo nos lábios - Não era bem isto que eu queria dizer, mas eu estou a ver que tu estás mortinho para te enterrares em mim outra vez - Murmurei, mordiscando-lhe o lábio e voltando a gemer de seguida.

- desculpa, era demasiado bom para conseguir resistir. estou muito melhor quando estou dentro de ti meu amor - murmurei num tom erótico. Sorri. Investi com calma, porque estava aterrado com a hipótese de a magoar de alguma forma. Ia ser muito carinhoso outra vez.

Fico impressionada comigo mesma quando fico tão envergonhada quando ele me diz este tipo de coisas. Não pelo que disse em si, mas porque para mim aquilo era quase como uma frase muito romântica. Abracei-o bem contra mim e beijei-o intensa e calmamente, permitindo que fosse apenas ele a investir profunda e calmamente. Larguei finalmente os seus lábios para poder gemer à vontade e fechei os olhos por instantes, saboreando todo aquele prazer.

Enquanto investia calma e profundamente, ia também  acariciando o seu corpo com uma das minhas mãos. Felice não era como as miúdas skinnys sem curvas. Ela tinha um corpo delicioso, com curvas que eu agradado tocava. Então agora que estava grávida, parecia-me que ficava ainda melhor. Os meus lábios também não pararam. Ia beijando-a em vários sitios. Não me cansava dela.
- Felly ... - murmurei, sentindo que estava novamente próximo do orgasmo.

À medida que toda aquela onda de prazer ia aumentando, eu ia serpenteando calmamente o seu corpo por baixo do seu, ajudando-o assim com as investidas. Abracei-o com força quando me senti perto do orgasmo e beijei-o desajeitadamente. - Oh, amor... Mikko... Oh, Mikko - Gemi por ele enquanto arqueava as costas, juntando mais o meu peito ao seu.

Chegando àquele ponto, tudo o que eu mais queria era proporcionar a Felice um orgasmo de tal forma prazerezoso que lhe bloqueasse quaisquer pensamentos. Por isso movi-me mais rápido e com a minha mão acariciei o seu clitóris.

Cravei as minhas unhas nos braços dele com toda a força, arranhando-os bastante no momento em que atingi o orgasmo. Gemi alto, completamente agradada e satisfeita com todo aquele turbilhão que sentia. Não havia agora qualquer distância entre nós, e o prazer que eu sentia era extremamente intenso e maravilhoso. Mais ofegante que nunca, procurei desajeitadamente os lábios de Mikko e beijei-o com urgência.

Foi o desenrolar do orgasmo dela que me levou ao meu. Caímos quase ao mesmo tempo naquela intensa espiral de prazer deliciosa. O que me trouxe de volta à realidade foram os seus lábios, que ainda apreciam um pedaço de Paraíso.
- Oh Felly, eu amo-te.

Ainda ofegante como tudo, acabei por sorrir docemente quando ouvi aquelas pequenas mas sentidas palavras. Virei o meu rosto novamente para que o meu olhar se cruzasse com o seu e roubei-lhe um pequeno beijo.
- Eu também te amo, Mikko. - Respondi num tom carinhoso, abraçando-o com ternura. Ele pode não ser daqueles que oferece ramos de rosas todos os dias, nem faz coisas que são consideradas como românticas, e eu não me importo. Eu apaixonei-me pela maneira de ele ser, e não quero que ele a mude por nada, nem por mim.
Fechei os olhos, deixando-me recuperar o fôlego calmamente. - Tu também mereces prazer, amor - Murmurei, mais como se estivesse a pensar alto.

- Mas eu tenho prazer, meu amor, muito prazer mesmo - Nisso estava completamente satisfeito com a nossa relação. Não podia estar mais.
Beijei-a na bochecha. Depois levantei-me e fui buscar o tabuleiro com as frutas silvestres e o chocolate. - Com fome?

 - Oh, mas é diferente... - Resmunguei baixinho, pronta para lhe devolver o beijinho na sua bochecha mas quando dei por ela já ele estava de pé. Sorri e assenti, respondendo assim positivamente à sua pergunta - Sim, amor. Mas é para comeres também comigo, senão sinto-me como uma baleia que como tudo o que aparece à frente!

Eu fazia ideia daquilo que ela quisera dizer, mas simplesmente não me importava. Aquela noite era para ela, para o prazer dela. Não para o meu. Se bem que eu estava a recebe-lo.
- Não te preocupes que eu como tu. Sou lá homem para resistir a isto - Ri-me e molhei uma framboesa no chocolate. - Faça a honra de ser a primeira.

Ri baixinho e abanei a cabeça. Acho que nunca tive uma noite romântica sequer, pode parecer estranho mas é a verdade. Sentei-me finalmente na cama e aproximei-me dele, abrindo a boca - Dá cá amor, alimenta aqui a tua jeitosa - Murmurei, piscando-lhe o olho.

Sorri enquanto levava a framboesa à sua boca. Por alguma razão apreciava o gesto de alimentar a minha mulher. também me fui servindo, havia muito para escolha - Sentes-te cansada? - perguntei por precaução

- Não muito amor... Quando eu me sentir muito cansada eu aviso-te, está bem? - Esbocei-lhe um sorriso carinhoso e permiti que continuasse a alimentar-me. A dada altura, mergulhei o dedo no chocolate e passei-o no pescoço de Mikko. Lambi primeiro o meu dedo enquanto o observava, atacando de seguida o seu pescoço, lambendo-o e mordiscando-o, removendo assim calmamente o chocolate que tinha depositado.

- Está bem - Respondi com um sorriso, embora continuasse preocupado. Ia estar sempre.
Eu já sabia que o chocolate ia dar em provocações daquelas. Deixei que ela começasse o jogo. Mordisquei o lábio quando me lambeu o pescoço. - hum..

- Desculpa amor, eu não sei ser muito romântica... O meu marido ensinou-me a ser assim... - Sussurrei-lhe ao ouvido e depois mordisquei-lhe a orelha. Afastei-me dele e comi mais uma peça de fruta, sorrindo-lhe docemente. Acabei por trincaro meu lábio inferior quando ele olhou para mim daquela maneira e não só suspirei como fechei as pernas com força. Às vezes pensava e perguntava para mim mesma como era possível ele excitar-me apenas com aquele olhar.

A meu ver ela até era bastante romântica, eu é que nunca lhe tinha dado espaço para o demonstrar - E o que é que o seu marido pensaria se soubesse que está aqui com um amante muito, muito romântico? - Perguntei tentando não me rir. Puxei-a pela perna e fiquei novamente por cima dela, mas tive cuidado para não fazer qualquer pressão

 - Ai ele não se importa... - Comecei por dizer, rindo baixinho quando ele me puxou para si. O raio do homem tem força. - Sabe... É que o meu marido e o meu amante super romântico são a mesma pessoa. - Pisquei-lhe o olho e fiquei meio sentada, esticando-me para o conseguir beijar. - Eu amo-te tanto... - Murmurei bastante sorridente, apreciando rapidamente o seu corpo despido.

Fui forçada a mordiscar o lábio para tentar não chorar. Ele, sem querer, até consegue ser romântico. Bastam umas palavrinhas e pronto... - Oh, meu amor.. - Murmurei com um largo sorriso, puxando-o mais para mim - Eu também não posso viver sem ti. Amo-te, amo-te - Sussurrei-lhe, trocando vários beijos com ele, mantendo-o nos meus braços.

A mim pesava-me sempre no coração quando via lágrimas aparecerem nos seus olhos. Daquela vez vi os seus olhos ficarem brilhantes e sabia que ele chorava por felicidade - estás muito emotiva, querida - ri-me e beijei-a docemente.

 - Oh, tu já sabes como é quando eu estou de esperanças. É uma chatice uma rapariga como eu admitir que anda toda lamechas, assim como extremamente sensível e emotiva. É uma grande chatice, amor - Ri baixinho e correspondi ao seu beijo, dando-lhe continuidade. - És só meu. - Sussurrei contra os seus lábios.

Até agora estava a ser engraçado vê-la toda emotiva - Gosto de ti sensível e emotiva, meu amor, gosto de ti carente - E era assim que ela se encontrava. 
Só dela, mesmo - Só teu, Felice. - Garanti. Voltei a beijá-la e desta vez soube-me a chocolate, o que era bom.