Hospital

- Mas tens de estar ou estás a esquecer-te que estámos casados um com o outro? Não podes ir embora assim sem mais nem menos. - revirei os olhos. - Se pensasses um bocado nas atitudes que estás a ter ias entender o porquê de eu estar todo irritado. - retorqui.

- aquilo nao e de verdade, nao assinei um papel em como me casei contigo. - suspirei - mas eu fico ate falar com o diretor. ele pode dar.te uma parceira nova. pode ser que ele me deixe sair, ele sabe como eu sou problematica se calhar quer.me fora do colegio

- Está bem, eu sei que não é de verdade mas supostamente devias cumprir com aquilo até ao final. - encolhi os ombros. - Como queiras Alice, estou a ficar farto desses teus ataques de parvoice ou lá o que é.

suspirei e decidi nao dizer nada. encostei.me um pouco a parede porque as costelas partidas doiam demasiado. pousei a mao sobre o tronco, respiranddo lentamente. eu nao podia parae agora. reuni um pouco mais de forças e comecei a andar novamente a procura da saida

Fiquei calado também enquanto a via ali cheia de dores, sim porque por mais que ela tentasse disfarçar dava perfeitamente para ver pela sua cara marcada por dores. Devia estar toda dorido e tudo o mais, pouco tempo se tinha passado desde o acidente e não se recupera assim tão depressa daquilo. - És tão teimosa. - disse um pouco baixo e mais para mim do que para ela. Revirei os olhos e continuei a andar um pouco mais atrás dela.

ouvi.o dizer qualquer coisa mas nem liguei, devia estar a refilar comigo. continuei a andar lentamente sempre com ele atras. suspirei e finalmente entrei na sala de espera onde me sentei para recuperar. as minhas pernas tremiam de dores e os meus pulmoes imploravam por ar mas eu nao iria parar.nao quando estava tao perto de sair do hospittal

Decidi manter-me calado o resto do tempo todo, não valia a pena dizer mais nada pois ela praticamente ignorava tudo o que saia da minha boca. Suspirei quando parou ao chegarmos à sala de espera e sentei-me na cadeira ao seu lado, encostei a cabeça para trás, na parede, e continuei calado.

olhei.o quando se sentou ao meu lado e pensei duas vezes antes de abrir a boca - eu nao vou cair, descansa - tentei descansa.lo. nao pretendia cair, ja tinha mazelas suficientes no meu corpo e rosto. - vou sempre aguentar.me em pe

Virei a cara para ela quando falou e encolhi os ombros ao que me disse. - Ainda bem. - respondi com um suspiro e voltei a olhar em frente.

- estas a ver alguma miuda la ao fundo ? - perguntei, ironicamente olhando para onde ele estava a olhar - nao paras de olhar para ali e suspirar. ela e assim tao magnifica ? - piquei.o para ver se ele reagia - fodasse kevin, reage

Revirei os olhos com as suas perguntas demasiado estúpidas e cheias de ciumes por lá "escondidos". Olhei-a. - Pára com a porcaria dos ciumes. - resmunguei. - Não estou a olhar para ninguém, mas e se estiver? Não posso é? - perguntei revirando os olhos. - Já estou a reagir, satisfeita? - suspirei de novo.

- sim, satisfeita. ao menos estas a resmungar comigo como e habitual e nao a suspirar como acabaste de fazer - suspirei, levantando.me. - podes olhar para quem quiseres kevin, nao me es nada na verdade. es apenas um falso marido - olhei.o, virando costas. pensava que as dores iriam aliviar depois daquele descanso mas tinham piorado consideravelmente. soltei um gemido doloroso, agarrando.me a parede quando os meus joelhos cederam e me fizeram cair

Revirei os olhos, ela também estava a suspirar, porque é que eu não podia fazê-lo? - Está bem, já entendi perfeitamente que estás cheia de ciumes. - retorqui, já começava a ser mais do que obvio aquilo.
Fiquei a olhá-la quando se levantou e no momento seguinte vi-a cair no chão. Levantei-me rapidamente e fui até ela ajoelhando-me e ajudando-a a pôr-se sentada. - Estás bem? - perguntei.

segurei.me a ele enquanto respirava com dificuldades - sim - murmurei, agarrada as costelas. encostei.me a cadeira enquanto tentava recuperar as forças - esta tudo bem, esta tudo bem - disse para convencer mais a mim do que a ele - ja passou - tentei levantar.me novamente

Segurei-a melhor e acabei por ajudá-la a levantar-se do chão, sentei-a na cadeira e sentei-me ao seu lado. - Acho que devias voltar para a cama, não devias de sair daqui no estado em que estás. - retorqui com um leve e baixo suspiro.

- isto e so das costelas, eu fico bem.. - disse com alguma dificuldade pois mal conseguia respirar - ajuda.me so a levantar - pedi - eu fico la no quarto, prometo. eu nao quero estar aqui, eu.. nao gosto de hospitais - olhei.o

- Sim, espero que fiques. - encolhi os ombros e acabei por ajudá-la a pôr-se de pé. - Olha que é mesmo para ficares lá deitada e quieta senão vou ser obrigado a prender-te à cama. - gozei com ela.

- se me queres violar nao precisas de me prender - gozei com ele, sorrindo - obrigada kev - agradeci e apoiei.me nele para andar. - e desculpa estar a dar.te tanto trabalho - suspirei enquanto andava lentamente com ele ao meu lado

- Não é para te violar, é só para não te atreveres a sair da cama. - fiz-lhe uma careta. - E não te ia mesmo violar para depois fingires os orgasmos e ferires o meu ego. - gozei com ela e depois encolhi os ombros. - Deixa lá, já estou a ficar habituado ao facto de ter de te aturar por isso. - ajudei-a.

- so fingi o orgasmo porque me insultaste porque eu queria e quero ter relaçoes contigo - suspirei - e ja sei, entre nos e so uma sessao de sexo e nada mais - suspirei pesadamente, afastando.me um pouco dele para andar sozinha

Revirei os olhos com o que ela disse, pronto, já ia ficar toda amuadinha por eu ter dito aquilo. - Sim, como queiras. - encolhi os ombros. - Quem te disse que vai haver mais sexo entre nós? - perguntei enquanto andava ao seu lado.

- ninguem kevin - engoli em seco e suspirei, afastando.me mesmo dele. continuei a andar agarrada a parede, forçando as minhas pernas a manterem.se em pe. - ninguem.. - murmurei, baixando o olhar

Continuei a andar e aproximei-me dela mesmo quando se afastou mais de mim, não podia correr o risco de ela cair de novo ou algo do género. - Ai que paciência eu tenho. - murmurei baixo e mais para mim do que para ela.

- nao precisas de estar ai a dizer que precisas de paciencia - eu tinha.o ouvido a falar. respirei fundo e voltei a afastar.me, tentando andar mais rapido para me afastar para ele. continuei a andar de cabeça baixa e agarrada as paredes para nao precisar da ajuda dele

- Não me chateies. - disse já exasperado demais de tudo aquilo, estava farto de estar na porcaria daquele hospital. Não tinha saído dali desde que ela tinha tido o acidente e depois ainda era assim comigo. Precisava de sair dali, apanhar ar para além de que estava a morrer de saudades de andar de skate, coisa que não fazia desde que tinha levado aquela facada. Ainda não tinha tirado os pontos, devia estar quase, mas mal pudesse ia logo pôr-me em cima do meu skate. Suspirei só de pensar nisso, estava mesmo com saudades. Abanei a cabeça para afastar aqueles pensamentos e continuei sempre a andar com um olho posto nela. Finalmente comecei a avistar as grandes portas de saída do hospital.