Graham Street

Depois de terminarmos o almoço, ajudei a levantar a mesa, ajudei com a loiça e a arrumar tudo. Voltei para perto do Milo quando o ouvi a chorar e peguei nele ao colo, andando com ele de um lado para o outro. Simplesmente não parava de chorar

Ainda não estava habituado ao choro do bebé, especialmente quando nem eu nem Felice arranjávamos maneira de o acalmar. Tentei fazer caretas para o bebé, a ver se resultava.

Eu detestava esta parte - não conseguir compreender o bebé. Pedi licença a Grace para sair daquela divisão, e ela indicou-me o caminho até ao quarto mais próximo. Ele não tinha xixi na fralda, nem cocó, por isso só podia ser duas coisas ou fome, ou dor. Fui até ao quarto indicado e dei-lhe de mamar. Mas mesmo assim ele interrompia para chorar, e depois de mamar continuou a chorar. Quando estava preparada e ajeitada voltei à sala de estar onde agora estavam. Lembrei-me que talvez poderiam ser cólicas. Sentei-me no sofá e deitei-o no meu colo, massajando-lhe calmamente a barriguinha. Comecei a vê-lo a acalmar-se um pouco, mas mesmo assim choramingava. Mas não chorava com a intensidade de à instantes - O meu bebé tem dores na barriguinha, é? Pronto fofinho a mamã faz massagem..

Era sempre uma pequena aflição ver um deles com dores, especialmente Milo que era tão pequeno. Fiquei ao lado de Felice, vendo se o bebé melhorava - achas que é preciso ir ao médico?

Olhei Mikko por instantes enquanto massajava a barriguinha do bebé - Eu não tenho a certeza mas acho que por enquanto não, amor.. - Murmurei, olhando o bebé quando se calou - Já está a passar, bebé? A mãe continua, vá.. - Disse baixinho, sorrindo-lhe docemente

Aos poucos, Milo foi ficando mais calmo e aliviado. Também eu e Felicei ficámos aliviados.
Beijei o rosto da mina namorada - és uma excelente mãe.

E pronto, eram palavrinhas simples que me faziam ficar corada. Só para variar. Sorri docemente e olhei Mikko - Aww.. E tu és um ótimo pai - Estiquei-me até ele e dei-lhe um beijinho, parando gradualmente de massajar a barriga do bebé - Já passou? Shim? Boa! - Peguei nele ao colo e dei-lhe beijinhos

Eu ainda não demonstrara grandes habilidades para ser pai.
A visita prolongara-se - Acho que podemos ir embora. Vamos despedir-nos da minha mãe.

- Sim sim, vamos embora.. - Afirmei, levantando-me. Fui ter com Grace e informei-lhe que íamos andando - Muito obrigado por tudo Grace, e desculpe por alguma coisa - Afirmei, com um sorriso querido. Dei-lhe dois beijinhos e deixei que desse ao bebé também

Acabei por me despedir da minha mãe. Depois saímos de casa. Estava tudo normal, tudo em familia, como deveria de ser.

Comecei a rir-me quando senti o vestido a subir demasiado - Amor amor amor pega no menino, se faz favor! - Falei depressa, ainda a rir - Antes que eu fique meia nua na rua

Soltei uma gargalhada e peguei em Milo.
Esperei até que ela se arranjasse novamente - esses vestidos têm a sua desvantagem.

Arregalei os olhos quando ouvi Milo soltar uma gargalhada - Estás a rir seu malandro? A culpa é tua! - Fiz-lhe uma careta e ele voltou a rir. Era tão engraçado ouvi-lo a rir! Ajeitei-me e depois peguei nele outra vez - O nosso filho é um malandrinho!

Sorri com aquilo tudo. Milo era simplesmente o bebe mais adorável do mundo inteiro.
- É mesmo. Queres ir passear por aqui? O tempo nem está mau.

- Quero sim, se o meu namorado me abraçar com o seu braço musculado, deixando-me assim bem coladinho a ele - Murmurei sorridente, ajeitando melhor o bebé no meu colo, que estava bem desperto e atento ao que dizíamos

- É para já - respondi com um sorriso. Aproximei-me dela e rodeei.a com um braço. Ficámos muito juntos. Adorava andar assim com ela.

- Hmm, muito obrigado amor - Comentei toda feliz por estar tão junto a si enquanto caminhávamos por ali. Dei-lhe um beijinho ternurento na bochecha, e sorri para o bebé enquanto andava - Ele está tão sério a olhar para ti, amor.. - Murmurei, tentando não rir

- Não tens nada de agradecer por isto - repreendi, num tom carinhoso. Ficava mais do que agradado a fazê-lo. Olhei para Milo e fiz uma careta. Isso suavizou a expressão do bebé.

Ri baixinho com a figura dos dois - Tal pai, tal filho - Comentei divertida, olhando depois em frente enquanto caminhava. Parei de repente e virei costas, andando no sentido contrário - Anda amor, não podemos ir por aí, anda - Afirmei, caminhando depressa pelo caminho que viemos

Ri-me com ela. Eu e Milo até éramos muito parecidos.
Olhei para ela, com o sobrolho erguido - porquê amor?

Parei de caminhar e aproximei-me dele, falando baixinho - A tua ex-namorada está ali, de braços cruzados, parada, com um sorriso cínico estampado. - Afirmei, aconchegando o bebé e voltando a caminhar

Olhei em volta tentando reconhecer a tal rapariga. Estavam ali três raparigas e eram-me as três familiares - qual delas é que causou problemas?

- Só há uma que está a olhar na nossa direcção, de braços cruzados e com um sorriso cínico. É a morena - Afirmei, visto que pelo que vi de onde ele estava a olhar, as outras eram loiras.

Reparei melhor na morena. Stella. Tivera sexo com ela umas quantas vezes - Eu resolvo isto, dá-me uns minutos. - fui lá ter com elas.

- Não, não vás! - afirmei, diminuindo gradualmente o tom de vez quando percebi que já estava a ir. Aconcheguei o bebé a mim e deixei-me ficar por ali, a ver à distância