Cozinha

Ali já tinha o trabalho acabado. Mas ainda havia muito mais a fazer. Subi até a conseguir beijar novamente.

Correspondi ao seu beijo com alguma urgência e juntei mais o meu corpo ao seu, quebrando depois o beijo para recuperar o fôlego.

As minhas mãos estavam paradas na sua cintura. Os meus lábios colados aos dela.
- Fell... sabes que és a mulher mais linda que alguma vez conheci?

Corei ligeiramente e mordi o meu lábio inferior, suspirando. - Que exagerado... Olha que eu começo a acreditar, e depois dizes que sou convencida - Ri baixinho e abracei-o com carinho

- Sê convencida se tens razões para isso. O que é o caso...
Respondi maliciosamente - quanto tempo mais ainda temos?

Empurrei-o e fui espreitar o forno. - Quinze minutos no máximo - Sorri e aproximei-me dele, juntando o meu corpo ao seu, rodeando o seu pescoço com os meus braços - Porquê..?

Soltei uma gargalhada divertida.
- Porque em quinze minutos ainda há muito que se possa fazer - respondi.

- Ai é? E então o que é que o meu namorado quer fazer nestes quinze minutos, hmm? - Perguntei baixinho, sorrindo enquanto o observava atentamente.

- estava aberto a sugestões por parte da minha namorada linda - murmurei, olhando-a maliciosamente. Nunca ficava completamente saciado, havia sempre desejo a arder por ela.

- Hmm... - Murmurei, com um ar pensador - Talvez o namorado pudesse fazer amor com a sua linda namorada, rapidinho e tals - Disse com um ar sério e emproado, aproximando os meus lábios dos seus, acabando por o beijar intensamente.

Derreti-me com o seu beijo. A sua sugestão era muitíssimo tentadora e estava inclinado a fazer-lhe a vontade quando a campainha tocou.
- Sempre na hora errada - resmunguei baixinho. - Vamos ignorar.

Ergui o sobrolho quando ouvi a campainha e suspirei. Lá se vai o resto do nosso momento erótico/romântico na cozinha - Não podemos, amor. Deve ser a tua mãe, não sei. Não estou a ver quem mais possa ser... - Encolhi os ombros e peguei na roupa, começando a vestir-me rapidamente - Vais lá ver quem é enquanto eu vou ver como está a nossa comida, amor?

Que outra opção tinha? Pois, ignorar e continuar a fazer amor com ela no balcão da cozinha. Revirei os olhos quando ela se começou a vestir, ia ficar amuado. - Já vou, já vou... - disse secantemente. Vesti as minhas roupas rapidamente e fui ver quem era.
Eram os seus pais... Que momento mais inoportuno para uma visita surpresa.

Assim que terminei de me vestir, apressadamente, fui directamente para o forno. A lasanha já estava pronta, e eu retirei-a calmamente, pousando-a depois em cima das placas do fogão. Ouvi umas vozes familiares e espreitei para ver quem era. Bolas, os meus pais! Que raio fazem eles aqui? Suspirei e ajeitei o meu cabelo, despenteado. Eu neste momento só consigo pensar no orgasmo maravilhoso que acabei de ter, e no prazer extraordinário que podia estar a sentir... Ah, preciso de me concentrar! - Entrem, entrem! - Falei um pouco mais alto, enquanto apertava o avental atrás das costas. Mordi o lábio, olhando Mikko.

OMG:

Aquela situação até era para rir. Dava um pouco para entender o que eu e Felice tínhamos acabado de fazer e agora os seu pais chegavam a nossa casa. E se reparassem? Sim, definitivamente dava-me vontade de rir.
Mas não o fiz. Encaminhei simpaticamente os meus "sogros" para a cozinha e depois aproximei-me de Fel por trás, rodeando a sua cintura com o meu braço num gesto carinhoso.
- A lasanha cheira maravilhosamente bem. - Murmurei para ela e depois fiz o esperado - Estávamos a preparar-nos para almoçar. A Fel tem uns dotes culinários espectaculares. Ficam para o almoço?

Spoiler:

Eu sinto-me tão envergonhada. Não me sai da cabeça o que eu podia estar a fazer agora com o meu namorado, é como se me passassem as imagens à frente, e agora tenho os meus pais aqui, à minha frente, a olharem para mim. Suspirei e sorri docemente enquanto ainda mexia no cabelo. Estava para dizer ao Mikko para pôr a mesa enquanto eu ia buscar o bebé, mas era melhor não... Acho eu. Mordi o lábio e sorri face à grande demonstração de amor e carinho em frente aos meus pais. Adoro quando ele o faz.
Reparei nas roupas dos meus pais. Estão tão formais, e nós tão... Simples. E com a roupa meio engelhada. Porque estivemos aqui a fazer sabe-se lá o quê... Ai, pára! Sorri muito envergonhada e então lá me senti capaz de dizer alguma coisa. Mas a minha mãe falou primeiro.
- Sim, acho que aceitamos. Se não incomodarmos... Aliás, nós vínhamos convidar-vos para irmos almoçar todos fora, mas já que a nossa Felly teve o trabalho de fazer uma bela lasanha, acho que vamos aceitar. Tem um óptimo aspecto! - Eu corei um pouco face aos elogios, e agradeci.
- Eu vou só buscar o bebé, para estar perto de nós enquanto almoçamos. Apesar de ter o intercomunicador, eu sinto-me mais à vontade que ele esteja por perto. Podemos não ouvir - Encolhi os ombros e reparei que a minha mãe estava muito feliz por me ver falar assim. Sorri-lhe de volta e virei-me para o meu amor - Pões a mesa meu amor? - Perguntei baixinho, perto dele, e depois dei-lhe um beijinho.
Fui então com a minha mãe ao primeiro andar. Milo ainda estava a dormir. Peguei nele com jeitinho, coloquei-o na alcofa e pus uma mantinha em cima dele. Aconcheguei-o bem e fomos para a sala de jantar. Deixei lá Milo, numas cadeiras, e fui à cozinha.
- Vamos comer? Podes ir andando para a sala de jantar pai. É por ali, e depois viras à esquerda. A mãe já lá está, a tomar conta do bebé. Eu e o Mikko vamos só ajeitar aqui a lasanha e vamos já - Sorri e o meu pai lá foi. Quando estávamos sozinhos, encostei a porta e olhei Mikko.
- Ai, que coisa... Eu só consigo pensar no que podíamos estar a fazer, e agora eles estão ali. Que vergonha... - Murmurei enquanto me aproximava dele e depois abracei-o. Eu acho que sei porque é que vieram...

Spoiler:

A minha vontade de rir perdurou enquanto via as faces de Felice ganharem uma tonalidade rosada. Sabia exatamente no que ela estava a pensar, pois eu também pensava no mesmo. Só que já estava habituado, estava sempre a pensar nela e nas coisas que fazemos juntos.
- Claro. Não te preocupes.
Enquanto Felice e a mãe dela subiram, tirei os pratos e talheres dos armários e pôr a mesa. Aproveitei também para servir uma bebida de aperitivo ao pai dela e uma para mim também. Era só para quebrar um bocadinho o gelo.
Os pais dela seguiram depois para a sala de jantar e entreteram-se com Milo, que era sempre uma delicia de se ver. Já na cozinha aproveitei o seu abraço para rodear a sua cintura com os meus braços e puxá-la um pouco mais para mim. - Bom, não é novidade nenhuma para eles que nós fazemos sexo. Afinal de contas por alguma razão eles têm um neto - ri-me. - Continua a pensar nisso, amo, porque mal eles se forem embora eu vou querer acabar aquilo que estávamos prestes a fazer - prometi num tom erótico, murmurando.o ao seu ouvido.

Spoiler:

Estremeci ligeiramente ao ouvir o que ele disse e contorci-me um pouco - Ai amor... - Resmunguei baixinho, sorrindo. - Tu já fazes isto de propósito, que eu sei... Eu não sei como é que vou conseguir sobreviver a este almoço... - Suspirei e depois beijei-o, com desejo. Este vai ser um almoço complicado. Tentei ocupar a minha mente com outros pensamentos e mudei rapidamente de assunto.
- Já está tudo na mesa, amor? É preciso levar mais alguma coisa? - Perguntei, afastando-me então de si, com algum custo. - Ah, as bebidas! - Fui até ao frigorífico e tirei de lá as mesmas, coloquei-as em cima do balcão e fechei a porta do frigorífico. Eu tenho mais ou menos uma ideia do motivo desta visita, mas mais vale estar calada do que puxar assuntos indesejáveis. Dei mais um beijinho ao meu Mikko e, segurando as bebidas, fui então para a sala de jantar.

Encerrado.

Spoiler:

Ela já devia saber como eu era. Como intenso e provocador eu gostava de ser, especialmente com ela. Para além disso nunca estava completamente saciado, precisava sempre dela, de mais dela.
- Eu ajudo-te a sobreviveres a este almoço. Age naturalmente. Ficas muito bonita quando nos imaginas a fazer sexo - Gozei, mas até era verdade.
Assenti à sua pergunta. Estava tudo preparado - Já está tudo na mesa. Só falta a comida e as bebidas. Devemos levar agora antes que os teus pais pensem que já estamos no truca e truca - Aquilo era mesmo para a provocar.
Eu levei a comida, ela as bebidas. Juntámos-nos aos seus pais à mesa.

Spoiler:

Toda a conversa de casamento era muito precoce e ainda bem que Felice partilhava a mesma visão que a minha. Felizmente o resto do almoço continuou sem que se falasse no assunto e até foi um serão bem passado. Contudo, claro, a ideia de a voltar a ter nos meus braços sem interrupções continuou na minha mente e era avivada sempre que trocava olhares com Felice.
Agora estávamos finalmente sozinhos. Estava a descer as escadas da nossa casa. Tinha acabado de deixar Milo no seu berço e ligara o aparelho do som. Deixei-o em cima da pedra de um dos balcões e então voltei a olhar para a minha namorada.
- Finalmente estamos sozinhos, meu amor.

Estava a arrumar uns panos e a ajeitar as coisas na cozinha quando vejo Mikko voltar. Sorri perversamente quando ele disse aquelas cinco palavras. Falou tão pouco, mas incendiou-me logo. Mordi o lábio e pousei os panos num balcão. Aproximei-me dele, peguei na sua t-shirt pela bainha e puxei-o para mim. Beijei-o com desejo, e no final mordi o seu lábio inferior com alguma força.
- Onde é que essa mão ia, durante o almoço? Tu enlouqueces-me, Mikko. Até em frente aos meus pais!

Sorri provocadoramente para ela. Apreciei que me tivesse puxado para si e aproveitei que estava tão perto dela para fazer deslizar novamente a minha mão pela sua perna acima.
O meu lábio ficou ressentido com a sua mordidela, senti o sabor metálico do sangue na minha boca e isso aguçou o meu desejo por ela.
- Eles não repararam. Só queria certificar-me de que sabias o que te esperava agora!

- Eu digo-te uma coisa... Se não tivéssemos um bebé para cuidar, era bem provável não dormirmos esta noite - Murmurei, com uma respiração já um pouco alterada. Levantei a minha perna esquerda e coloquei-a ao nível da sua cintura, e ele logo a segurou. Voltei a beijá-lo intensamente e deixei que as minhas mãos percorressem alguns sítios do seu corpo, como os braços, o peito, o pescoço, e por fim o cabelo. Quebrei o beijo e dei um passo atrás. Num movimento repentino, rasguei a sua t-shirt.

- Ele já não nos deixa dormir a noite toda - relembrei, com um sorriso semi-divertido. O que valia era aproveitarmos o tempo que tínhamos para o fazer. Sexo era uma parte importante da nossa relação, quase vital.
Segurei-a e mantive-a firme perto de mim. Surprendeu-me ao rasgar-me a camisola - Alguém está assanhada neste momento - Sorri maliciosamente - Tira a tua roupa. Já.

Assenti enquanto soltava uma risadinha e suspirei. - Assanhada? Eu estou é mais do que excitada, muito mais... - Respondi rapidamente, e parei ao ouvi-lo. A maneira como ele me falou fez-me estremecer e, por incrível que pareça, incendiou-me ainda mais. Eu devo estar muito quente mesmo... Quer dizer, estou cheia de calor até. Obedeci-lhe quase de imediato, despindo toda a minha roupa. Ficou tudo por ali, espalhado pelo chão, e não me importo. Permaneci quieta, olhando-o.
- Melhor? - Murmurei, reparando que me apreciava por uns momentos.