Hospital

- Exactamente, nunca foi boa e nunca será - Ri com ele, olhando depois a sua mota
- Sim, tens razão. Mas já passou, sinto-me muito bem até, para quem acabou de sair de um hospital. Ah, o médico pôs-me uma ligadura no braço para aquilo não apanhar sol. Tenho um acessório muito giro - Mostrei-lhe o braço e ri baixinho - Não me vais obrigar a comer cinco vezes ao dia pois não? - Suspirei ao lembrar o médico - Ah, e se quiseres ir sair com amigos ou assim estás à vontade. Volto a dizer que estou óptima.. Estava a pensar até ir à praia mais logo - Sorri docemente - Vamos então?

Pelo menos ela estava com boa disposição. Esbocei um sorriso e depois observei a minha mota.
- Bom, vamos ter de nos ajustar às condições - brinquei e pûs-he o meu capacete com cuidado - ficas gira com ele - ri-me - Não te vou obrigar a comeres. Já és crescidinha para teres alguém a fazer-to. Mas vamos ter sempre comida no quarto. Oh se vamos.
Assim que ficámos os dois na mota - ela numa posição confortável - saímos da cidade em direcção ao colégio.

encerrado.

Gargalhei quando disse que eu ficava gira com o capacete. Duvido disso, mas pronto. Franzi o sobrolho quando falou da comida. Oh pronto, é quase como que obrigar-me a comer na mesma. Sorri docemente e fui para a mota, segurando-me bem a ele, e fomos para o colégio

Encerrado

O meu coração batia descompassadamente quando cheguei ao hospital. Ao telemovel só me tinham dito que o acidente fora realmente muito grave.
- Desculpa, pode dizer-me como está a paciente Alice Tanner? - perguntei a uma das enfermeiras que por ali deambulava mas ninguém me dizia nada. Raios parta.

O estado de Alice quando chegara ao hospital era critico. Esta tinha sido encontrada por uns civis que passavam na ponte e viram o carro espatifado contra a parede da mesma. A ambulancia quando chegou ao local pensava que ia para buscar um cadaver mas afinal a rapariga tinha vida, levando.a rapidamente para o hospital onde esta foi operada de urgencia. fisicamente, alice tinha sofrido muitos danos no corpo pela sua estatura magra. tinha umas costelas partidas, o omoplata partido, hematomas e cortes fundos no rosto e corpo e para agravar uma hemorragia interna devido a velocidade do embate

Fui imediatamente para o hospital sem saber ao certo o que tinha acontecido com a Alice, apenas me tinham dito que fora um acidente e que era grave. O que é que lhe teria acontecido? Transpus as portas do hospital praticamente a correr, sem saber para onde ir ou o que fazer. Dirigi-me ao balcão da recepção. - A Alice? Alice Tanner. Preciso de saber onde é que ela está. - disse rapidamente.

Eu estava a dar em doido até que ouvi alguém falar no nome da Alice. Percebi que era um rapaz, mas não o reconhecia de lado nenhum. Aproximei-me dele - Ela entrou à pouco para o bloco operatório - disse. Tinham-me informado disso à poucos minutos.

A operaçao de Alice tinha corrido bem mas para alem de terem de estanchar a hemorragia, tiveram tambem de fazer uma limpeza ao organizmo porque tinha tomado umas drogas que em demasia eram fatais. depois de ser transferida para os cuidados intensivos, o medico responsavel foi falar com os familiares. - Familiares de Alice Tanner ? - chamou, esperando ver uma mae ou um pai preocupado

Olhei o rapaz que se dirigiu a mim, não fazia ideia de quem era mas devia ser um conhecido da Alice ou assim para saber daquilo. - Obrigado. - agradeci continuando na mesma preocupado. Arregalei os olhos quando vi um médico perguntar por familiares da Alice e aproximei-me dele rapidamente. - Eu! - disse, não era bem familiar dela, mas supostamente estávamos casados.

- De nada.
Olhei logo para o médico responsável quando este chamou pelos familiares da Alice. Só ali estava eu e aquele rapaz, que avançou logo para a frente,
- Nós - corrigi. Era provável que a mãe dela não viesse - Como é que ela está? - perguntei preocupado.

o médico olhou confuso para os rapazes - quais as relaçoes que tem com a menina alice ? - perguntou enquanto tirava uns apontamentos. - a operaçao correu bem, conseguimos controlar a hemorragia. a nivel fisico tem varios hematomas e cortes pelo corpo todo, costelas e omoplata partido. tem sorte em estar viva

Franzi a testa quando ele disse "nós" e encolhi ligeiramente os ombros voltando de novo a atenção para o médico que estava a falar connosco. - Sou o... marido dela. - fiz um ar meio confuso, aquilo era estranho. - Mas ela vai ficar bem? - perguntei depois de ele dizer todas aquelas coisas que me pareciam demasiado más.

Caraças do médico. Era realmente preciso fazer tantas perguntas quando era óbvio que nós os dois estávamos preocupados com ela? Afinal aquele era o Kevin, o suposto marido - Eu sou o melhor amigo.
Fiquei bastante mais aliviado quando o médico revelou que ela estava bem, viva. Aquela idiota estava a sempre a arriscar-se. Ia dar-lhe um valente sermão quando a visse. Assenti com a cabeça, concordando com o rapaz. Apesar de tudo, ela ia recuperar bem?

- para ja e dificil saber a resposta, faremos os possiveis para que recupere bem mas ela estava um pouco desnutrida. as proximas 48 horas serão cruciais para o estado de alice - explicou - se quiserem, podem ir ve.la mas ela nao esta consciente de momento, induzimos o coma para recuperar melhor e mais rapidamente

Já sabia quem era aquele rapaz, era o melhor amigo de quem ela já me tinha falado. - Sim, eu quero ir vê-la. - disse logo, precisava de ver com os meus próprios olhos como é que ela estava.

Uma parte de mim estava com vontade de a repreender eternamente por não comer. Meu deus, ela era tão teimosa. Iam ser umas longas e penosas 48 horas...
Assenti e agradeci ao médico. Depois uma enfermeira apareceu e levou-nos até ao quarto onde estava Alice.

- o quarto e o 22, nos proximos dias ela estar nos cuidados intensivos para o caso de haver emergencia. - explicou a enfermeira, deixando.os no quarto um pouco. pouco tempo depois voltaria porque alice nao podia ter muitas visitas

Assenti ao que o médico disse e fomos para o quarto que nos tinham dito. Engoli em seco quando lá entrámos e aproximei-me devagar da cama, ela estava num péssimo estado... nem sequer parecia a Alice, suspirei.

Entrámos no quarto. Observei logo Alice. Nem parecia ela. Tão pálida e cheia de nódoas negras e arranhões. Cerrei ligeiramente os dentes, estava a odiar vê-la assim. Mantive-me algo longe.
- É bom que acordes em perfeitas condições, Bree - disse baixinho, olhando o seu corpo inerte. Aquela não era, sem dúvida, a rapariga cheia de vida que eu conhecia.

Apesar do coma induzido pelos medicos, a consciencia de alice estava despera e na verdade ela conseguia ouvir o que o melhor amigo lhe dizia. nao podendo comunicar teria de ficar ali a espera mas ja sabia que quando acordasse, o melhor amigo iria "ralhar"

Suspirei deixando-me ficar perto da cama. - Espero que ela fique bem... depressa. - disse olhando de relance para o rapaz. Custava-me vê-la assim apesar da discussão que tinhamos tido e de estarmos chateados.

Olhei-o de relance. Não era nada sob estas condições que eu esperava conhecê-lo.
- Pois, eu também... - murmurei. Alguns minutos depois, veio a enfermeira informar que o período de visitas tinha acabado e que devíamos sair.

como a hora da visita tinha terminado, a rapariga ia agora ficar sozinha. o seu estado clinico estava estavel ate ao momento e ouvir kevin tinha sido uma surpresa para alice. sinceramente queria lembrar.se como tinha chegado ali mas simplesmente se lembrava de um borrao preto na sua mente que era a noite de ontem

Suspirei quando ao fim de uns minutos a enfermeira entrou de novo no quarto dizendo que a hora da visita tinha chegado ao fim. Quase nem tinhamos estado ali tempo nenhum, aproximei-me da Alice e toquei-lhe ligeiramente na mão como se aquilo servisse para lhe dizer que estava ali. Afastei-me logo depois e saí do quarto.

- Adeus Bree - disse. Não sabia se ela me ouvia ou não mas também não me importava. Encolhi os ombros e saí logo a seguir ao Kevin. Suspirei.
Fui ter com a empregada. Se alguma coisa se alterasse no estado de Alice, por mais mínimo que fosse, eu queria ser informado por isso dei o meu número de telemóvel como contacto. Depois de tudo aquilo não estava com disposição para mais nada por isso fui-me embora do hospital.

encerrado.