Quarto da Mailys & Marlon

Revirei os olhos.
- Como queiras. Mas não me venhas pedir ajuda. - disse-lhe seriamente.

Foda-se! - bufei - as vezes és mesmo parvo - murmurei - vai vai sozinho la para Vegas! - disse voltando para o quarto e sentei-me na cama. - Nem sei porque pensei em ir -.-.

Revirei os olhos.
- Então vou dizer à Fel que decidiste não ir porque sou parvo. - resmunguei e pus a minha mala à porta do quarto.
Peguei na minha mochila e coloquei lá o portátil.

Fiz um sorriso cínico.
- Excelente para ti. Diverte-te por aí. - encolhi os ombros e fui buscar pasta de dentes, champoo, pente e etc., colocando na mala também.

Revirei os olhos.
- Bye, Masha. 
Peguei nas minhas coisas e saí do quarto, resmungando interiormente por estar a armar-se em chavala mimada.

Entrei no quarto e quase me assustei ao ver tudo no chão. Masha tinha deixado um pequeno rasto de destruição por ali.
Suspirei e reuni tudo o que se podia aproveitar; pedi à empregada que passava para aspirar os vidros e, depois de isso feito, fui arrumar as minhas coisas. Aproveitei as caixas para arrumar as coisas de Masha a um canto para depois enviar para a Austrália.
O closet ficou praticamente vazio depois de retiradas as suas coisas. Tinha a minha parte ocupada e não parecia nada completo.
Voltei a suspirar e fui para o quarto, deitando-me na cama para tentar dormir.

Ouvi uma chave na porta e arqueei o sobrolho, virando a cabeça na direção da mesma quando esta abriu e revelou Mailys.
- O que fazes aqui? - perguntei, voltando à posição em que estava.

Assenti levemente.
- Seguiste-me? - gozei com ela, sem demonstrar nem um sorriso. Só se percebia que era gozo pelo tom de voz.

Encolhi levemente os ombros.
- Como vieste parar a este quarto? - perguntei baixo. Não me acreditava que eles mudavam logo caso acontecesse algo como tinha acontecido! E o tempo de luto, hun?

Assenti levemente e fechei os olhos. Contudo, não adormeci. Já não dormia em condições ao que pareciam ser anos.

Engoli em seco.
- Mal. - disse sinceramente e olhei lá para fora pela janela, sem sequer me mexer na cama.

Suspirei face a todo o silêncio. Não sabia o que preferia - falar e lembrar-me de tudo constantemente ou estar sozinho a um canto.
Acabei por me levantar e peguei no maço de tabaco.
- Está à vontade. - disse baixo e peguei na fotografia, indo para a varanda; encostei-me à parede, fumando e permanecendo calado, de olhos fixos no sorriso que Masha tinha na foto.

Virei-me para Mailyes.
- Hm?

Encolhi os ombros levemente.
- Eu sei, não tenho culpa. - resmunguei e olhei lá para baixo.