Quarto da Alice & Kevin

Suspirei e cheguei-me para trás na cama encostando-me contra as costas da mesma, olhei-a pelo canto do olho e voltei a suspirar. Acho que estava a exagerar um bocado apesar de tudo, ela tinha-me ajudado e eu estava a ser bruto. - Desculpa. - pedi suspirando e fechei os olhos encostando a cabeça para trás.

olhei para ele e depois voltei a agarrar.me a almofada - nao tens de pedir desculpa apesar de eu nao saber pelo que estas a pedir desculpa - encolhi os ombros como se nao quisesse saber - eu estou bem, estou e cansada, nao preguei olho a noite toda - suspirei, esfregando os olhos

- Estou a pedir desculpa por estar a ser bruto ou mau ou lá o que seja que estou a ser. - encolhi os ombros e depois abri os olhos e olhei para ela. - Hm dorme agora então. E não precisavas mesmo de ter ficado a dormir no sofá. - retorqui.

- pois mas fiquei - encolhi os ombros - tive receio de te magoar, ao menos assim tiveste a cama so para ti - suspirei - e alem do mais eu ouvi.te a queixares.te cada vez que te tentavas mexer - disse - podias ter pedido ajuda para alguma coisa ou assim - encolhi os ombros

Revirei os olhos ao que ela disse. - A cama não é assim tão pequena, não preciso dela toda. - abanei a cabeça e olhei para a televisão. - Não preciso de ajuda em nada, sei muito bem desenrascar-me sozinho além de que já fizeste o suficiente por mim. - encolhi os ombros.

- está bem kevin - encolhi os ombros - eu para a proxima nao sou simpatica - revirei os olhos e suspirei. aquele gajo era um estupido de primeira. agarrei o telemovel com força na mao e pensei duas vezes se devia ou nao ligar a alguem.. tinha sido deixada ali, naquele colégio sem um abraço de despedida, sem nada. apenas com uma mala nas mãos e o dinheiro que tinha na conta. suspirei e atirei o telemovel contra a parede, escondendo a cara contra a almofada.

Suspirei e arregalei os olhos quando ela atirou o telemóvel contra a parede e se passou toda. - Hey que te está a dar? - perguntei olhando-a e puxei-a fazendo-a virar-se para mim. - O que é que foi? - perguntei. Devia estar maluca ou assim, eu tinha lá culpa de termos de estar ali os dois a fingir que estavamos casados.

respirei fundo e limpei os olhos - deixa.me - afastei as suas maos de mim, indo apanhar os bocados do telemovel - nao se passa nada e mesmo que passasse sao coisas minhas - respondi.lhe enquanto montava o telemovel rapidamente. as minhas maos tremiam dos nervos. porque é que ninguem me ligava ?

Ignorei quando ela me disse para a deixar e fiquei a olhá-la enquanto ia pegar no telemóvel. - Se não fosse nada não estavas assim toda passadinha. Já te pedi desculpa não já? Então vê lá se páras com isso. - disse num meio resmungo.

- e porque e que achas que eu estou assim por tua causa ? - perguntei irritada - nao tem nada a ver contigo. nada! ate porque a minha vida nao gira a tua volta - limpei os olhos porque sabia que estes iam estar cheios de lagrimas dos nervos

- Ai não? A mim parece-me que foi por causa da maneira que eu te falei que ficaste assim toda chateada. - revirei os olhos e encostei a cabeça para trás suspirando. - Sim, eu sei que não gira à minha volta nem preciso disso. - resmunguei.

- mas nao tem, nao es tu. é mesmo o facto de ter sido abandonada aqui, sozinha e sem dinheiro. - deixei sair. na verdade nao queria que ele soubesse, ele nao tinha nada a ver com a minha vida. - eu nunca iria chorar por ti - claro que nao, so o tinha feito na noite passada

Engoli em seco com o que ela disse, daquilo eu não estava mesmo à espera. - Se calhar estás a exagerar um bocadinho não? - perguntei mordiscando o lábio. Suspirei. - É bom saber que nunca irias chorar por mim. - retorqui com um pequeno encolher de ombros.

- esquece, tu nao percebes nada. nem todos tem a vida perfeita que tu tens - abanei a cabeça - eu ja falei demais, nem devia ter dito aquilo - fui a correr e fechei.me na casa de banho. porque é que eu nao tinha uma garrafa nestes momentos ou entao uma ganza para esquecer tudo

- Sim, porque tu conheces-me muito bem para estares para aí a dizer que a minha vida é perfeita. - revirei os olhos e olhei-a a ir fechar-se na casa de banho. A sério? A sério que ela se ia pôr com aquelas porcarias de amuadices? Peguei numa almofada e atirei-a irritado contra a porta da casa de banho.

encostei.me a porta e deixei.me escorregar por ela ate estar sentada no chao. senti a almofada bater na porta mas nao disse nada, estava farta de discussoes, estava farta deste colegio, estava farta dele e estava farta de tudo. passei as maos pelos cabelos e tentei ligar o telemovel que felizmente funcionou. chateava o mikko ou nao ? era o meu melhor amigo mas nao o ia chatear com merdas destas, ele ja tinha os problemas dele

Acabei por me deitar na cama com um longo suspiro. Já estava farto das merdinhas dela, não podia fazer ou dizer nada que ficava toda amuada comigo. Queria sair dali, ir dar uma volta e apanhar ar mas por causa da porcaria que tinha na barriga não podia fazer nada. Tinha de ficar preso naquele quarto e mais propriamente naquela cama estúpida.

passei as maos pelo rosto, sentindo.me exausta. decidi sair do quarto e ir ate ao closet. tinha a certeza que tinha por ali algum cigarro escondido. revirei aquilo tudo, pelo menos do meu lado a procura do que precisava mas nao tinha. nem dinheiro para comer tinha, quanto mais para ganzas

Suspirei e virei a cara para o lado quando ela saiu da casa de banho e foi ao closet, conseguia ouvir o barulho dela a remexer aquilo tudo. - Estás à procura do quê? - perguntei revirando ligeiramente os olhos.

- dinheiro que nao tenho para ir comprar uma coisa que nao tenho - suspirei e deixei.me cair no chao - para esquecer tudo o que se passa e o que tenho - ironia como so queria coisas que nao tinha e quando as tinha oassava bem sem elas

Sentei-me na cama a algum custo e fiz uma careta. Porcaria de dores, só esperava ficar bom bem depressa, odiava ter de estar parado, ainda por cima apetecia-me ir andar de skate, a única coisa que me iria animar no meio daquilo tudo. - O que é que precisas e não tens? - perguntei-lhe.

- o que é que interessa kevin ? - perguntei - eu nao tenho e tu de certeza nao podes dar.me - suspirei e levantei.me, indo ver se restava dinheiro suficiente para comprar nem que fosse um cigarro mas nao, nem para um bajo devia dar. deitei.me no sofá derrotada

Revirei os olhos. - Sabes lá tu se não tenho. - abanei a cabeça. - Custa-te assim tanto dizer é? - revirei os olhos e suspirei. Rapariga mais irritante, num momento estava toda simpática e assim e no seguinte falava-me mal.

- tens uma ganza ? - perguntei, olhando.o - é que se tiveres eu agradecia uma - disse, olhando.o seriamente. - estou a precisar e nao tenho dinheiro para comer quanto mais para comprar um cigarro - encolhi os ombros

Olhei-a e ri-me enquanto abanava ligeiramente a cabeça. - Uh que ela é toda rebelde. - gozei e encolhi os ombros. - Tenho cigarros. Se quiseres... posso... - fiz um ar meio pensativo. - Emprestar-te, sim... porque não dou nada de graça. Tens de pagar depois. - retorqui.