Discoteca

Aprofundei o beijo e sorri contra os seus lábios quando senti as suas mãos. Virei-me de costas para ele e continuei a dançar, bem colada a ele

Coloquei as minhas mãos sobre as suas e fi-las subir a lateral do meu corpo, passando depois pelos meus seios, voltando a deslizá-las até à minha cintura

Voltei a virar-me para ele e sorri maliciosamente, fazendo-lhe um olhar sedutor - sim, acho melhor - mordi o lábio e voltei a beijá-lo

Deixei-me levar por ele, bastante sorridente. Damn, eu estou tao bebada.

Encerrado.

Se ela não me estivesse a segurar, acho que não teria conseguido andar. Comecei-me a rir disparatadamente, do nada. Não sabia do quê que me estava a rir. Encolhi os ombros, sentido a minha cabeça a latejar. - O bar! - apontei, demonstrando que queria ir para ali.

-Sim, Zade. O bar. - repeti, rindo-me da figura dele. Levei-o até lá e ajudei-o a sentar-se num banco. Olhei a estante das bebidas: - Queres escolher tu agora? - sugeri, para ver como ele se saía.

Eu já não estava com a minha visão a cem por cento. Fiz um-do-li-ta apontando paras as garrafas - aquela, barman. - respondi com um sorriso idiota, apontando para uma garrafa verde.

O barman olhou para mim com uma cara impressionada, talvez por ser aquilo, e eu acenei com a cabeça. - São dois, por favor - pedi e fiz um sorriso sedutor.

- Estás sempre a flirtar com as pessoas. Jesus! - Eu tinha andando a reparar nela. Não devia ter dito nada, não me importava mas já não controlava aquilo que saía da minha boca (nem o que passava pela mina mente).

Poderia a continuar a ficar ofendida com coisas daquelas, mas vinha do Zade. Ainda por cima, ele estava bêbado. - Tens ciúmes, é? - meti-me com ele e pus a língua de fora.

- Euuu? Ciúmes? Pfff - soava tão absurdo. Encolhi os ombros e peguei num dos copos que o barman trouxera - Sabes o que raio é isto? - perguntei. Não que fizesse diferença, vu beber na mesma.

Soltei uma gargalhada cínica - Confia em mim. Tu não vais querer saber. - levantei o copo e contei mentalmente até três para beber. Oh, agora sim, começava a sentir-me mal. Talvez devesse parar por ali, o rapaz nunca chegaria sozinho ao colégio.

Pois, talvez não quisesse mesmo. Segurei firmemente o copo na minha mão e bebi tudo num trago só - Ahhh - novamente aquela sensação ardente na minha garganta Tossiquei um pouco.

Respirei fundo e voltei à semi-normalidade. - Já tens suficiente alcool no organismo que te permita ir para ali? - perguntei e apontei com o queixo para a pista de dança.

Observei a pista de dança. Dançar não era o meu forte. Mas que se lixe - Aviso-te já que sou um terrível dançarino - para além do facto de estar bêbado. Isto ia ser divertido.

Revirei os olhos, aquilo não me era surpreendente. Entusiasmada, levantei-me e percebi que também já não tinha a visão completamente clara. Nada que não estivesse habituada. - Anda, vá - pressionei e puxei-o por um braço até à pista.

Segui para a pista atrás dela. Por esta altura, já ouvia a música um pouco distorcida mas estava surpreendentemente feliz e pouco importado com isso. Comecei a mexer-me na pista de dança.

Dancei com ele um bocado e garanti que nada de mal lhe acontecia. Não era costume preocupar-me, mas a responsabilidade era minha se lhe acontecesse alguma coisa. De repente, tocaram-me no ombro. Recebi um cigarro. Não era preciso fumá-lo para perceber que era erva. - Toma, experimenta - passei a Zade, logo a seguir de dar um bafo.

Fumar eu sabia fazer. Pelo menos desta vez não ía fazer má figura. Ou pelo menos assim pensava... Assim que pûs o cigarro, percebi que aquilo era algo diferente da habitual nicotina. Engasguei-me com o fumo.

Ri-me de novo e continuei a dançar. Olhei em redor e, ao contrário do costume, procurei gajas com mamas maiores que as minhas - Não há por aí nada que te interesse? - perguntei e apontei com o queixo para uma que até a mim me tinha chamado a atenção. Não ia permitir a Zade que perdesse a virgindade com uma gaja daquelas, mas não havia problema deixá-lo apreciar a aprender alguns truques.

- Hum, o quê? - Não estava a conseguir ouvi-la bem. Continuei a dançar, tendo a certeza que estava a fazer más figuras como sempre. Depois percebi o que ela quis dizer. Que absurdo, uma rapariga daquelas comigo.

Mesmo que fosse meio estúpido da parte dele, houve algo de querido ali. Qualquer gajo que eu conhecesse não passaria uma miúda daquelas. Mas já tinha visto há algumas horas que ele era diferente. Ficámos na discoteca a dançar e beber durante toda a noite, até que os donos começaram a fechar.