Ruas

- Fica bem na tua cara. - retorqui com um sorriso e peguei em mais um pouco de gelado pondo-o na ponta do seu nariz.

- kevin - resmunguei e fiz.lhe o mesmo mas nos labios - nao limpes senao volto a fazer o mesmo - sorri e aproximei.me - so eu e que posso limpar - lambi os labios e rocei o meu nariz no seu

- Tu estás a fazer de propósito. - disse e assim que se aproximou de mim meti-lhe mais um pouco de gelado, agora nas bochechas.

- talvez esteja - sorri, sujando.lhe o queixo - mas tu tambem nao paras quieto por isso obrigas.me a continuar - olhei os seus labios - beija.me - disse num impulso

- A culpa é tua e foste tu quem começou. - retorqui. Engoli em seco assim que pediu aquilo e instintivamente juntei os meus lábios aos dela beijando-a.

correspondi ao seu beijo, limpando a sua bochecha com a mao livre. a outra bochecha limpei com os meus proprios labios, dando.lhe beijos - delicioso - disse com um sorriso

- Eu sei que sou. - fiz um sorriso convencido e olhei o meu gelado que já começava a derreter. - É melhor comermos o gelado. - ri-me.

- convencido - afastei.me e sorri - e melhor antes que o use todo em ti - ri.me e comecei a comer o gelado em vez de por nele - ainda bem que me tiraste de casa, ao menos tou.me a divertir

- Não sou nada convencido. - resmunguei e comecei a comer o meu gelado antes que ele começasse a escorregar-me por entre os dedos. - Vês? Eu é que sei as coisas, tens de começar a dar-me ouvidos mais vezes. - comentei.

- nao me parece que te va dar ouvidos mais vezes kevin, nem todas as tuas ideias sao de genio - ri.me e continuei a comer o meu gelado - kev nunca me contaste nada sobre ti - fiz uma careta

- São sim, tu é que és teimosa e nunca queres fazer nada daquilo que eu te digo. - encolhi os ombros. Olhei para ela. - Que queres saber?

 - nao sei, sabes praticamente a minha vida e eu nao sei nada da tua. - encolhi os ombros - quem era o kevin antes de estar no colegio ? - perguntei, olhando.o

- Também não sei muito da tua. - encolhi os ombros. - O mesmo de agora... - disse fazendo uma cara confusa devida aquela pergunta.

- ah nao, essa resposta nao. tipo onde moravas, a tua familia, a tua escola, as tuas amizades. essas coisas - encolhi os ombros - nao eras o mesmo porque antes nao gostavas de mim

- Vivia apenas com a minha mãe e a minha irmã. - disse, não adiantando mais nada. - Não te conhecia sequer. - revirei os olhos.

 - por isso mesmo, nao eras o mesmo - encolhi os ombros - entao e a tua irma.. nao tens saudades dela ? - perguntei, sorrindo

- Oh, mas era diferente. - revirei os olhos. Assenti com a cabeça. - Claro que tenho. - sorri levemente ao lembrar-me dela.

- entao e davas.te bem com ela ou implicavas muito, como fazias comigo ? - perguntei, rindo.me - nao te imagino o irmao mais querido do mundo, imagino mais o irmao chato que esta sempre a pregar partidas

Ri-me do que ela disse. - Não, por acaso não implicamos muito um com o outro. - disse, eu dava-me realmente muito bem com a minha irmã.

- a serio ? entao vou considerar.me especial por ter sido a unica com o qual embirraste ate mais nao - sorri - mas agora ja nao implicas tanto - beijei a sua bochecha - entao e nao deixaste nenhum amor para tras ? um grande amor ?

- Não és a única com quem embirro. - ri-me, por acaso costumava implicar bastante com as pessoas. Grande parte das vezes apenas porque me divertia. Olhei-a quando me perguntou aquilo. - Hmm não. - disse.

 - nunca tiveste uma namorada que amasses ? - perguntei, arregalando os olhos. eu nao podia falar muito porque o mais parecido que eu tinha tido de namorado tinha sido o mikko quando andavamos na fase de fazermos sexo mas de resto eram coisas sem compromisso - ou alguem que gostasses

- Tens mesmo de me fazer essas perguntas? - fiz uma careta. - Mas não, acho que não. Nunca houve ninguém que fosse especial o suficiente. - encolhi os ombros, já tinha tido algumas namoradas mas na verdade nenhuma tinha sido a "tal". - E tu? - perguntei-lhe um pouco para fugir ao assunto na minha vida amorosa.

- claro, quero saber as coisas - soltando uma gargalhada - o mais perto que tive de um namorado antes de ti foi o mikko - encolhi os ombros - de resto apenas eram coisas passageiras, sem importancia

Assenti com a cabeça ao que ela disse, não sabia porquê mas já imaginava que alguma vez tivesse acontecido algo entre ela e o amigo dela, o Mikko. - Eu também foi só coisas passageiras. - acabei por dizer.