Graham Street

O meu olhar iliminou-se quando ela o disse. - Também te amo muito, my love - As palavras saíam-me do coração.
Achei piada à sua preocupação. Ela podia ser a primeira mulher com quem fazia sexo sob o tecto da casa da minha mãe, mas eu já tinha perícia nestas coisas - Não havemos de querer acordar os meus papás com os teus gemidos, não é? - Ri-me. Avancei para acabar de despi-la. Enquanto o fazia não conseguia parar quieto com beijos e caricias.

Sempre amei ouvi-lo dizer que me ama, mas quanto mais o diz, mais bonito soa... Parece que cada vez é mais sentido, mais sério, mais definitivo. Aquece-me sempre o coração, derrete-me toda e alegra-me imenso. E de repente estava eu a dar-lhe uma palmada no braço (naquele fabuloso braço musculado). — Até parece que o Senhor Sullivan não tem prazer nenhum! — Resmunguei, mas divertida. — Credo, já imaginaste que vergonha era? É mais por causa da tua mãe que respeito imenso, e pelo nosso filho... Os outros dois tanto me faz se ouvem ou não. — Gargalhei, baixinho. Até deviam de ouvir, especialmente o mais novo
Permiti que Mikko me fosse despindo, enquanto eu o ia despindo também. Apesar de ser tarde e o desejo ser muito, não havia nem um bocadinho de pressa. Todas as carícias tinham o seu tempo, assim como os beijos que eram delicados, apaixonados e intensos. As minhas mãos passeavam pelo seu corpo, cada vez mais trabalhado. Havia uma necessidade tão grande de termos esta intimidade. — Amor... — Sussurei, mordiscando o seu lábio inferior, voltando a beijá-lo intensamente. Isto é amor.

As palavras dela começavam a trazer à minha mente coisas que eu preferia que se mantivessem longe. - Esta conversa não me agrada. Falar sobre os meus pais num quarto não muito longe daqui da-me vómitos. Ugh - Gozei, mas não estava longe de ser verdade - Ainda arruína o ambiente.
Antes que isso acontecesse, envolvemos-nos numa conversa sem palavras. Entendida por beijos e carícias. Apaixonados. Tão bom. Avancei eu para que fosse ainda melhor, dirigindo os meus lábios até aos seus mamilos sensíveis e a minha mão para a sua intimidade - Já estás molhada meu amor. Como eu adoro encontrar-te assim - Susurrei ao seu ouvido ao mesmo tempo que pressionava o meu polegar pelo seu clitóris.

A risota acabou num ápice, dando lugar a um ambiente extremamente íntimo, onde tudo o que se ouvia era o próprio silêncio, suspiros e sussurros. — És tu que me pões assim, amor... E eu adoro estar pronta para ti. Tu gostas — Sorri-lhe entre beijos, gemendo baixinho. Os seus pequenos toques despertavam em mim mil e um sentimentos. — Oh, meu amor... — Fechei os olhos e abandonei os seus lábios ao inclinar a cabeça para trás, deixando-me levar.

Oh se gostava. Encontra-la assim, tão pronta para mim, excitava-me de uma maneira que não conseguia por em palavras. Era uma descarga de satisfação e de orgulho masculino. Nenhuma outra mulher que deixara alguma vez assim. Graças ao seu estado naturalmente lubrificante, tive facilidade em mover o meu dedo sob a sua intimidade. Mas isso não me chegava. Baixei-me até poder prova-la com a mminha própria boca. Acariciei o seu clitóris com a minha língua.

— Mikko... — Gemi baixinho, levando uma das mãos aos seus cabelos rebeldes, acariciando-os. — Estás a fazer de propósito. — Resmunguei entre leves gemidos, abrindo um pouco mais as pernas. Sempre que não é suposto fazermos barulho ou sermos apanhados, eu creio que ele gosta de me testar. Desgraçado. Inclinei a cabeça para trás e deixei que o meu corpo relaxasse, suspirando e gemendo baixinho, ficando ali à sua mercê, permitindo que me fizesse o que quisesse.

Até as simples palavras dele eram provocativas. Neste homem, tudo me provoca. Os gestos, olhares, sorrisos... Tudo. Adoro o efeito que ele tem sobre mim e creio que ele, como homem, sente-se orgulhoso de saber que exerce esse (grande) efeito sobre a sua esposa.
Deixei-me consumir pelo pequeno prazer que me proporcionava, beijando-o com todo o amor, sendo apanhada desprevenida quando me penetrou. Suspirei contra os seus lábios e gemi muito baixinho, abraçando-o contra mim e beijando-o de novo. — Oh, meu amor... — Sussurrei, mordiscando o seu lábio e movimentando calmamente o meu corpo, ao mesmo ritmo que o seu. Estes pequenos momentos onde demonstramos o nosso afeto de várias maneiras, são os melhores. — Amo-te. — Murmurei, gemendo baixinho.

Ele não me deixa pensar em absolutamente nada. Os seus movimentos, a forma como ele toca em todo o meu corpo, o carinho que tem e o cuidado que toma, juntamente com o prazer, deixam-me demasiado ocupada, enchendo a minha cabeça de pensamentos alegres. Mikko é o homem da minha vida, e isso é algo que eu nunca pensei que pudesse dizer; nunca achei que fosse encontrat alguém assim. E aqui estamos nós, cada vez mais apaixonados um pelo outro.
Os seus beijos incendeiam-me sempre que me toca, assim como as suas mãos habilidosas. As suas investidas valem ouro, e deixam-me fora de mim, tornando a tarefa de fazer pouco barulho mais complicada. Mesmo assim eu arranjo maneira de suspirar e gemer baixinho, abafando por vezes os meus gemidos mais descontrolados com um beijo mais demorado.
Perdi a noção do tempo, estávamos demasiado bem encaixados um no outro, a amarmo-nos um ao outro como se não existisse mais nada à nossa volta. E quando menos queríamos, acabámos por atingir o auge, sendo o mais discretos possível, trocando beijos e carícias. Apesar de termos feito amor e de termos tido sempre um ritmo lento, estávamos ofegantes. Mesmo quando saiu de dentro de mim e se deitou ao meu lado, não nos afastámos nem largámos. Na verdade, não o quero largar. — Hmm, estou nas núvens. — Murmurei, satisfeita, nos braços do meu amor.

Ri baixinho ao me lembrar de uma coisa. — Isso parece uma parte daquela música, "Take Me To Church". Há lá uma parte em que ele diz "The only heaven I'll be sent to is when I'm alone with you" — Aconcheguei-me melhor ao seu corpo e beijei-o com carinho. — Eu também te amo meu amor. Muito. — Confessei, bastante sorridente. — Já estou a ficar muito "grande" para isto. Já atrapalha.. Se já a acho grande agora, nem quero pensar como será daqui a uns mesinhos — Murmurei, acariciando a barriga. — Tu precisas de descansar, amor...

Tão próprio dela dizer coisas assim. Só me fez sorrir ainda mais, de seguida acariciei o seu rosto. Sentia-me muitíssimo feliz naquele momento. Por instinto, sempre que tocavamos naquele tema, a minha mão guiava-se até ao seu ventre arredondado - Ainda falta muito tempo. Sei deixar de ser bom para ti paramos. Afinal já parámos uma vez. Custou para caraças mas foi por uma causa maior - Comentei. Concordei com o que ela disse - Não sou o único. Vamos dormir os dois que já é tarde - Abracei-me melhor a ela e fechei os olhos.

— Oin, eu amo-te tanto. — Sussurrei, dando-lhe vários beijinhos. Não sei se é o meu estado que me deixa assim, se é ele que cada vez é mais querido, ou se é uma mistura dos dois. Sorri toda contente quando ele acariciou a minha barriguinha e assenti. — Foi realmente muito difícil — Concordei, rindo baixinho. — Sinceramente, não tenho sono nenhum amor... Mas tu precisas mesmo de descansar. Eu acho que vou só ficar aqui a ver-te dormir. Posso? Pareces um anjo quando estás a dormir... E quando estás acordado. Ugh, és demasiado perfeito — Suspirei, passeando a minhamão pelo corpo dele. — Dorme, meu amor

Não tive sequer energia para lhe responder. Em poucos segundos já estava a dormir. Entre lidar com os problemas do colégio e as preocupações em casa, fkcava esgotado. Depois ainda por cima tinha uma mulher que me fazia cair a seus pés. Tínhamos passado uma boa parte da noite a fazer amor. Não que eu me queixasse...Mas de manhã, ao acordar para ir trabalhar, senti um pouco de arrependidmento. Felly dormia e não a quis acordar.

Dissera-lhe que ia passar a noite a observá-lo, e sem dar por ela até eu (que dizia não ter sono) acabei por adormecer. Quando acordei de manhã, senti-me algo aflita quando me apercebi que estava sozinha na cama. Sem pensar duas vezes, levantei-me rapidamente, vesti o robe à pressa e apertei-o enquanto me dirigia à porta do quarto. Assim que a abri, corri quase como se estivesse numa maratona e procurei-o, ssó parando quando o encontrei na cozinha, já todo arranjado e a tomar o pequeno almoço. Fui ter com ele, ofegante, e dei-lhe um beijo. — Que susto... Pensava que já tinhas saído

Mais ninguém naquela casa parecia acordado que não eu. Fizera o mínimo barulho. Só a tirar o café é que isso fora impossível. Mas precisava mesmo dele para sobreviver a um dia de trabalho. Estava muito tranquilo a pensar nisso quando de repente vejo Felice a aparecer do nada. Como parecia aflita, fiquei logo nervoso e preocupado, largando a chávena de café - Estás bem?! Passa-se alguma coisa?! - Mas então ela beijava-me como se o mundo fosse maravilhoso. O mundo é de facto maravilhoso naquele momento - O que estás a fazer acordada e a pé, amor? Precisas de descansar.

— Oh, desculpa meu amor, por te ter assustado. — Murmurei contra os seus lábios, depois de o beijar. Sentei-me na cadeira perto dele, embora quisesse sentar-me no seu colo. Ele ainda estava a tomar o seu pequeno-almoço e ia deixá-lo fazer isso em paz. Acredito que depois, lá no trabalho, paz e sossego são palavras que se escondem no seu vocabulário. — Eu estou bem amor, não te preocupes. Eu acordei e tu já não estavas lá... Por isso vesti algo e vim a correr ver se ainda estavas em casa. — Sorri-lhe e apoiei a cabeça com uma das mãos. — Tens muito trabalho hoje, amor?

— É tão engraçado, sabes? O Mikko Sullivan que só queria era andar de skate e fazer idiotices por aí, está agora vestido de fato e gravata e trabalha num escritório do Monroe College. E eu que queria trabalhar, até hoje, não fiz nada. — Ri, encolhendo os ombros. De súbito, a piada sumiu.
Acariciei a minha barriga e voltei a olhar para ele. O seu beijo soube maravilhosamente bem. — Bem, eu não te vou atrapalhar muito amor, sei que entretanto tens de ir. — Olhei as horas, desejando ter acordado mais cedo. — Não tenho nada programado... Depois logo vejo. Não sei ainda. Só espero que os teus pais não saiam e aquele paspalho decida ficar em casa.

— Eu sei, amor... Ultimamente tens andado com imenso trabalho, credo. Trabalhas tanto que já pareces mais um CEO do que outra coisa. É preciso eu ir ajudar-te com os negócios para ver se tens mais tempo para respirar? — Perguntei na brincadeira, assentindo. Oh, cá está o meu querido Mikko, protetor como tudo, pronto a atacar todos os monstros que queiram tocar na sua mulher. — Não te preocupes, não faço questão de ficar em casa trancada com um pacóvio. — Sorri, levantando-me entretanto para o acompanhar à porta e, no mínimo, vê-lo ir embora. — Ora, a Miss Scorpius-Sullivan não conhece essa coisa de "portar bem". — Brinquei, correspondendo então ao seu beijinho e fiquei à porta, acenando enquanto o via partir.
Já nem me apetecia voltar para a cama, e nem sabia bem o que fazer. Não estar na minha própria casa é esquisito, de certa forma. Fechei e tranquei a porta, regressando ao quarto onde Mikko e eu tínhamos passado a noite. Tratei de fazer a cama, tomei um duche e arranjei-me. Não se ouvia absolutamente ninguém. Nem Milo, nem Grace, nem Sebastian, nem... Aquele. Voltei à cozinha, onde encontrei lá a empregada muito atarefada e ajudei-a, de bom agrado. Em menos de meia hora, já se ouvia toda a gente. Especialmente Milo, que corria pela casa e chamava várias vezes pela avó.
Como prometido, assim que Grace me informou que ia sair do o seu companheiro, arranjei logo planos para mim e o meu rapagão. McDonald's, cinema, talvez algo mais... Diversão para ele, e distração para mim.
Infelizmente, quando regressámos a casa, não estava como eu pensei. Já não faltava muito para Mikko regressar, mas pensei que que Mikael estivesse fora, a trabalhar ou coisa dos género. Mas não, ali estava ele, sentadinho no sofá, olhando-me com aquele ar de estúpido. Não o cumprimentei, deixando Milo ir brincar à vontade. Ainda fiquei pelo hall de entrada, ajeitando o meu cabelo e as minhas roupas. Parei à porta da sala quando me encontrei com Milo, que rapidamente me deu um carrinho de brincar para as mãos, e logo voltou a fugir. Quando olhei para o pequeno brinquedo, comecei a tremer de imediato. Quem é que lhe deu para as mãos um Ferrari vermelho de brincar?!
Senti-me a entrar em pânico muito depressa. O ar fugia-me dos pulmões, as forças desvaneciam e eu mal me aguentava em pé. Porque é que não dei ouvidos a Grace quando ela me sugeriu uma terapia?

Na minha mente, eu estava em dois lugares. Estava na casa da minha sogra, mas principalmente eu estava lá, outra vez. Estava metida no carro, murmurando o nome do homem que amo, querendo que ele chegasse antes de eu morrer para lhe dizer que o amo. Esse era o cenário no primeiro plano, enquanto que a realidade estava escondida e não me permitia controlar o meu próprio corpo, lembrar-me que tudo isso já tinha passado. Que agora eu estou bem.
A primeira vez que ouvi alguém a chamar por mim, não era Mikko. Reconhecia aquela voz, maas não pelos melhores motivos. Só então é que me apercebi que ele também me chamou. Mikko estava ali. Aos poucos, eu lá estava a regressar à realidade.
— Estás bem? — Ele olhou Mikko, mas por pouco tempo. — O miúdo veio dar-lhe um brinquedo qualquer e ela ficou aqui. Mas só agora é que me apercebi. —  Mikael, muito discretamente, acariciou a minha mão e o meu braço. Mas foi a visão de Mikko que me fez finalmente pestanejar, lacrimejando.
— Amor? — Perguntei baixinho, ainda não muito certa. Afastei-me quando me apercebi que não era Mikko mas sim Mikael que me tocava, e abracei o meu marido de imediato. — Mikko...