Blue Note {Jazz Club}

Se ela chamava aquilo de divertimento, então sim, tinha-me divertido nas últimas horas. Nada como um bom charuto, um copo de whisky e música Jazz. - O que está a fazer aqui?

Depois do empregado trazer-me a bebida, agradeci e não perdi tempo em dar uns quantos goles. Pousei o meu copo na mesa. - Vim dar uma de stalker.. e o senhor?!

- Ainda não desistiu não é verdade? - acabei com o whisky e pedi mais outro sem pensar muito nisso. Este chegou-me rapidamente.

- Eu sou uma criança persistente. Nunca desisto de nada, por mais louco ou impossível que pareça. - Ri-me e acabei com a minha bebida. Pedi outra. Não estava com intenção de me embebedar, mas não ia simplesmente vê-lo a beber.

- neste momento eu diria que não é impossível - que tinha eu a perder? Não fazia sexo há uns meses, estava bêbado e com vontade de um rapidinha. Mai valia livrar-me da rapariga agora. Não estás a pensar coerentemente, James. Que se lixe!

Quase que me ri, mas não o fiz. Acabei com a minha bebida muito rapidamente e sorri maliciosamente. - Eu sei.. - Sabia do estado em que ele se encontrava. Seria muito giro se eu tivesse aquilo que eu tanto queria, naquela noite.

Brinquei com o whisky dentro do copo. Soltei uma gargalhada baixa - Sabe que mais, Paige? Admiro pessoas persistentes - comecei por dizer - E persistente lá isso você é. Apesar de o seu comportamento não me agradar minimamente.

Arregalei os olhos. Definitivamente, aquele homem não devia estar mesmo em si. - Nem sempre tive este meu comportamento.. - cruzei os braços ao peito. - Mas isso agora também não interessa. - pedi outra bebida e depressa me a trouxeram.

- Pois, mas é altura de o mudar. A sua atitude não a vai levar a nada na vida - respondi e acendi um cigarro. Não estava com paciência para falar, muito menos com ela. Levantei-me.

Comecei-me a rir e acabei com a minha bebida. Era melhor parar, antes que me fosse embebedar ou algo do género. - Eu sei.. - Puxei-o pelas calças e roubei-lhe o maço de tabaco, acendendo também um cigarro. Depois, também eu me levantei. - Sempre me vai deixar comê-lo, ou vai continuar a fazer-se de difícil?

Não lhe respondi. Soava demasiado mal dizer-lhe em alta voz. Peguei na sua mão e arrastei-a discretamente para a casa de banho vip. Fechei-nos lá dentro e desapertei as calças, tudo isto com um ar muito desinteressado.

Parecia que o gato lhe tinha comido a língua. Encostei-me à porta e cruzei os braços ao peito, mirando-o a desapertar as calças. Sorri. - Estou-te a fazer um favor e ainda te armas em desinteressado? - ergui o sobreolho. Sim, ele não devia fazer sexo para aí há imenso tempo. Revirei os olhos e aproximei-me da sua pessoa.

Ela? A fazer-me um favor? Eu podia arranjar qualquer mulher que quisesse mas ia fazer-lhe a vontade - Prefiro isto sem conversas - disse no meu habitual tom e tirei um preservativo.

Se era para ser assim, mais valia arranjar uma prostituta, porque duvidava muito que ele arranjasse alguém que lhe fizesse algum favor. Voltei a encostar-me à porta e olhei em redor. - Até o meu marido, que tem ar de gay, dá mais pica que tu.. - murmurei.

Revirei os olhos. Mas ela queria isto ou não? - esteja calada - pressionei o meu corpo contra o seu enquanto a beijava.

- Não é todo frio que vai conseguir satisfazer a sua falta de sexo! - revirei os olhos. Ele que deixasse aquilo para quem sabia. - Enferrujado.. - empurrei-o contra a tampa da sanita, até este se sentar e coloquei-me em cima do seu colo. Finalmente ataquei os seus lábios.

Ela ia ver a quem estava a chamar de enferrujado. Vais-te arrepender tanto disto, James. Naquele momento, o nível de alcoolismo fazia-me esquecer isso. As minhas mãos deslizaram para dentro do vestido dela, subindo-o até à cintura.

Um sorriso malicioso apareceu-me nos meus lábios. Fora uma sorte, tê-lo encontrado e ainda por cima, encontrado naquele estado. Trinquei o seu lábio inferior e puxei-o com força. Depois gemi contra os seus lábios, assim que senti as suas mãos, por dentro do meu vesti.

- Não fique com ideias, Paige. Isto vai ser uma rapidinha - murmurei baixo, puxando as suas cuecas para baixo. Enquanto isso beijei.a no pescoço e desci até aos seus seios.

- Vão ser quantas rapidinhas eu quiser, senhor diretor. - Mordisquei a sua orelha. Afaguei os seus cabelos e remexi-me no seu colo. Ele que não pensasse que depois se iria embora. O meu peito arqueou-se contra si e gemi.

Desci as minhas calças aquilo que bastava e coloquei o preservativo. Já estava ligeiramente excitado. Puxei-a para um beijo bruto e penetrei-a sem demoras.

Apertei os seus ombros. - Hum.. - Não perdi tempo algum, em começar a exercer movimentos bastante sugestivos sobre o seu colo. Eram movimentos de entra e sai constantes. Sim, talvez ele nem fosse ou estivesse, assim tão.. tão enferrujado.

Eu não precisava de me dedicar muito para lhe dar um bom sexo. Movia-me dentro dela, a uma velocidade considerável. Uma pequena parte de mim sentia falta daquele contacto sexual com uma mulher.

O sexo tornara-se diário na minha vida, sempre que me sentia insatisfeita. O que não estava a acontecer naquele momento. O meu corpo vibrava. Cada vez que ele entrava em mim, só me fazia gemer por mais. Juntei os meus lábios aos seus, de forma a abafar algo mais audível.

Levantei-nos e encostei-a contra a parede, investindo contra a ela desta forma. Queria despachar isto e arranjar alivio sexual o mais depressa possível.