Sala de Estar 1

Eu tinha sempre cuidado. Desci até ao andar de baixo e pelo caminho apanhara um dos meus skates. Se alguém me aparecesse à frente, ia ter das boas. Continuei à procurar de alguém e de ouvir mais ruídos.

Spoiler:

Eu não sabia se havia de ficar no quarto ou ir com Mikko. Mas como estava curiosa e assustada, acabei por ir depois discretamente atrás de Mikko, olhando sempre para todos os cantos. Apertei o bebé contra mim, que apesar de não estar a chorar e até estar a dormir, eu queria que ele continuasse assim, a sentir-se calmo.

Spoiler:

Não sabia o que estava a acontecer em nossa casa e o último cenário que queria era ter Felly e Milo por perto, com o risco de alguma coisa acontecer. Dei mais uns passos e foi então que vi um vulto. Corri atrás da pessoa até ao jardim.

Okey, o Mikko não se ia pôr a correr feito parvo por nada. Sem saber o que fazer, decidi esconder-me com o nosso bebé. Peguei no telefone pelo caminho e liguei para a polícia, explicando a situação. Não sabia o que mais fazer. Disseram-me que vinham já e depois fui andando, tentando ver onde andava Mikko e se estava bem.

A verdade é que não me agradava sair mais cedo do trabalho, mas tinha compensado na minha hora de almoço Cheguei a casa às seis em ponto. Estacionei o Ferrari porque quando estava sozinho era o carro que conduzia.  Entrei em casa e cheirou-me logo o perfume dela.

Aquele som era inconfundível, eu sabia logo que era ele que tinha chegado. Pousei o copo na pia e caminhei até à sala de estar, vendo-o logo. - Olá... Correu-te bem o dia? - Questionei enquanto me aproximava dele, dando-lhe depois um beijinho carinhoso.

Ela estava muito bonita, reparei. Forcei-me para sorrir - Sim, correu como sempre - Respondi e intensifiquei o beijo. Depois larguei-a - Deixa-me ir mudar de roupa e depois vamos sair. Que tal cinema? Ou irmos beber uma bebida fora?

Sorri-lhe docemente e apreciei-o uma vez mais. Era inevitável, eu adorava vê-lo assim vestido. E adorava poder despi-lo agora mas não podia ser... Uma chatice - Claro amor. Podes escolher tu, eu não me importo - Na verdade eu só queria mesmo estar com ele, não me importava onde.

Subi até ao nosso quarto e vesti algo mais informal, umas jeans pretas com uma camisa cinzenta. Estava bem, sexy como sempre porque eu era assim. Voltei para ao pé de Felice. - Que tal?

Assobiei assim que chegou - Tu estás sempre bem amor, formal ou informal... Com ou sem roupa - Sorri piscando-lhe o olho aproximando-me novamente dele. Ah, tinha posto aquele perfumo que eu adoro... - Vamos no Ferrari amor? - Ele não me deixava conduzi-lo, mas adorava que eu lhe fizesse companhia enquanto o conduzia.

Soltei uma gargalhada. Assenti com um aceno de cabeça.
- Sim, claro. Temos de aproveitar enquanto dá - Pisquei-lhe o olho.

Sorri toda contente - Então vamos andando? Não sei bem para onde, mas vamos - Ri baixinho e depois lembrei-me - Ah... O Milo teve febre e tosse durante a noite, amor. Eu estive com ele durante a hora de almoço... - Sorri, mas mesmo assim não deixava de estar preocupada.

- Deve ser uma dessas doenças que afetam as crianças. Se ele piorar levamo-lo a um pediatra - Disse, algo preocupado. Encaminhei-a até à garagem.

Pelo menos não dizia que eu estava a fazer uma tempestade num copo de água. Suspirei e assenti, indo com ele para a garagem - Sim... O médico já me tinha dito que se ele começasse a piorar que era melhor ir lá outra vez - Suspirei e mordisquei o lábio. Eu só queria que o nosso bebé ficasse melhor, e não pior como estava a acontecer.

Entrámos na garagem e liguei o Ferrari. Entrámos os dois e lembrei-me das coisas indecentes que já ali tinhamos feito. Parecia que tinha sido há um milhão de anos - Há um bar perto da praia. Apetece-te ir? Bebíamos qualquer coisa para relaxar.

Olhei logo para ele e sorri docemente - Sim, claro, parece-me bem. - Bem, se eu sabia tinha comprado um bikini em vez de uma lingerie nova, pensei, rindo baixinho. Encostei-me bem no banco do carro e coloquei a minha mão na sua coxa enquanto conduzia.

Encerrado.