Hospital

Mordi o lábio com força.
- Lamento informar-te mas... - olhei para ela. - Estamos completamente fodidos com a tua família.
Descalcei-me e juntei-me a ela na cama, agarrando-a pela cintura.
- Nheckas, tanto fio. - resmunguei.

Escondi a cara no seu pescoço e tive cuidado com o seu pulso.
- Não digas isso. São teus pais, acima de tudo.

Olhei-a.
- A única cena é não me aceitarem, Masha. E têm razões para isso. - abanei a cabeça e sorri. - Eu não sou bom para ninguém, nem para mim mesmo.

- Admite que o problema deles é só comigo, Masha.
Suspirei e deitei a cabeça.
- Já o disse.

- Masha, diz-me quando é que começaste a ser assim. Quando te juntaste ao meu grupinho, certo? Então eu sou a causa disso.
Mordi o interior da bochecha e olhei o teto.
- Sou a má influência, Masha. Em ti e em outras pessoas. Sei bem com quem estou a lidar ao ser eu.

- Masha, eu tirei-te a virgindade num local quase público. - relembrei-a. - Obviamente que tu devias querê-lo num sítio especial. Mas não, foi em casa do Samuel, num quarto qualquer.
Suspirei.
- A sério, Masha, não vale a pena preocupares-te com o que digo sobre mim. Eu sei o que sou.

Tapei-lhe a boca.
- Fala baixo ou vou-me embora, Masha. - disse-lhe calmamente. - E não vou discutir contigo o que sou ou deixo de ser.

- São verdade Masha. Eu não sei é como é que tu não vês isso.
Suspirei e olhei o teto.

Suspirei e bati com uma mão na testa.
- Está bem, parva. Está bem.
Fechei os olhos por momentos.

Encolhi ligeiramente os ombros.
- De nada. E não o voltes a repetir.

Revirei os olhos.
- Estou prestes a ir embora, Masha. - resmunguei.

Olhei-a.
- Estava a ameaçar ir embora caso não prometas que não vais voltar a fazer isto novamente.

Abanei a cabeça.
- Tens que me prometer que não o vais fazer. Porra, eu não te trago mais para aqui, Masha.