Quarto de Hóspedes - K&A

acabei de me vestir e comecei a fazer a cama. pior do que estar sem fazer nada era ficar a pensar no que se tinha passado. ao menos distraia.me com alguma coisa. acabei de fazer a cama e sentei.me no cadeirao a jogar no telemovel

Não me demorei muito no duche, enrolei a toalha em volta do meu corpo e voltei a entrar no quarto. - Que vamos fazer hoje? - perguntei à Alice e entrei no closet para me vestir. Não estava com vontade nenhuma de passar o dia ali no quarto.

- tu podes fazer o que quiseres - encolhi os ombros - a mim nao me apetece sair - suspirei e olhei para ele - podes ir conhecer a cidade, acho que hoje estas por tua conta

Suspirei com as coisas que ela disse e depois de estar pronto fui para o quarto. Sentei-me numa ponta da cama e olhei para ela. - Vamos ficar sempre assim agora? - perguntei.

- assim como ? - perguntei, tirando os olhos do telemovel e olhando para ele - se estas a falar de estarmos afastados ou entao de nos tratarmos de maneira um bocado estranha, nao sei - encolhi os ombros

- Sim, é disso que estou a falar. - suspirei sem saber o que mais dizer. Não sabia sequer o que fazer para que as coisas voltassem ao normal.

- eu nao sei como é suposto ficar, nao sei como devo agir - suspirei - se calhar e melhor darmos um tempo ou assim e depois logo se ve. pode ser que eu consiga esquecer o sentimento, nao sei. eu nao sei mesmo que fazer

- Eu também não sei o que fazer mas não me parece que afastarmo-nos resolva as coisas. - disse muito sinceramente pois realmente não acreditava nisso.

- entao o que é que resolve as coisas ? - perguntei - ignorar o que aconteceu ontem a noite e o que te disse ? - olhei.o - eu nao sei o que fazer - comecei a andar pelo quarto, tentando pensar em algo, se isso fosse possivel

- Ignorar também não. - encolhi os ombros, por mais que tentasse era impossível esquecer o que tinha acontecido. Suspirei sem saber o que fazer em relação a nós.

- entao se ignorar nao ajuda, esquecer nao ajuda, queres o que ? - perguntei, parando mesmo em frente a ele - olha.me e diz o que queres que eu faça em relaçao ao que te disse, de ter dito que te amo e de ter dito que me senti traida

- Eu não sei Alice. - disse levantando o rosto e olhando também para ela. - Não sei nada já, estou confuso. - suspirei.

- olha.me nos olhos e diz.me se queres que eu esqueça o que sinto por ti ou lute pelo sentimento - pedi, ficando a olha.lo - e so isso que eu quero saber

Suspirei e olhei para ela. O que é que eu queria? Boa pergunta, nem sequer sabia a resposta a isso, apenas sabia uma coisa... - Não quero que desistas... - dei por mim a dizer estas palavras e depois baixei o olhar.

fiquei a olha.lo ligeiramente surpreendida com aquilo que ele me estava a dizer. aproximei.me e segurei o seu rosto, dando.lhe um beijo lento mas com alguma paixao. se ele nao queria que eu desistisse era porque sentia algo

Olhei para ela quando me segurou o rosto e retribui o beijo que me estava a dar. Não sabia mesmo o que queria ou não, mas tinha a certeza que não queria que ela desistisse de mim assim de repente.

quando separei o beijo, acabei por abraça.lo, ficando assim com ele. - eu nao desisto - acabei por dizer, olhando.o com carinho. nunca pensara apaixonar.me por ele mas o mikko tinha razao, havia algo ou entao nunca tinhamos repetido tanta vez o sexo nem tinhamos ficado juntos quando algo de mal acontecia ao outro

Abracei-a também e deixei-me ficar quieto, apenas a senti-la nos meus braços. - Ainda bem. - acabei por dizer baixo.

fiquei encostada ao seu peito, sentindo.me protegida como se tudo fosse ficar bem e nunca me acontecesse alguma coisa de mal - tu sentes algo por mim kev, senao nao tinhas ficado aquees dias todos no hospital e nao me pedirias isso

- Hmhm... - murmurei apenas, eu sabia que ela tinha razão mas não sabia porquê custava-me admitir uma coisa daquelas.

suspirei e apertei o abraço - fico feliz por saber isso, pode ser que um dia o digas por ti proprio - disse.lhe, acariciando as suas costas - eu vou.te largar porque isto esta a poucos segundos de ficar estranho

Assenti levemente com a cabeça e suspirei baixo. - Vamos dar uma volta ou assim... - pedi-lhe, não suportava mais estar fechado ali dentro.

- depois do que aconteceu quando sai da discoteca, eu preferia ficar aqui - mordi o labio - tu podes ir. vai.te divertir pelos dois - dei.lhe um pequeno sorriso

Abanei que não com a cabeça. - Não quero Alice, vens comigo. - disse determinado. - Além de que não precisas de ter medo, ninguém te vai fazer mal.

- eu tenho medo e tu nao podes cuidar de mim a todos os segundos - admiti - mas pronto. eu vou mudar de roupa. - tinha vestido algo confortavel para estar em casa e nao para sair. vesti umas calças num tom esverdeado e uma t-shirt branca com as minhas botas - vamos. - olhei.o