Cozinha

- cada vez que um puser uma bola no buraco, o outro perde uma peça de roupa - sorri. assim tornava-se mais interessante - por isso é que eu vou ganhar, vou.te despir num instante - mordi o seu pescoço

Abane a cabeça. - Ai não vais não. - ri-me e mordi a sua bochecha entrando depois no quarto. - Tu é que vais perder tudo e ficar sem roupa.

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Estava a conversar com Ju quando sinto aquele cheirinho no ar. Uma mistura de champô, sabonete, perfume e claro, o cheiro do meu Mikko. Viro-me para trás, já com um sorriso grande e carinhoso, e abandono Ju para me aproximar do homem da minha vida. - O que é que o meu maridão quer comer?

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Ainda receber uma boas vindas como aquela era incrível. - Oh amor, nem sei. Cheira tão bem aqui que fico baralhado - Era verdade. - Humm, aqueles são crosissants franceses? Parecem-me muito bem.

- São sim. Tenho aqui tudo de melhor para o meu marido. - Eu roubo-lhe um beijo e sorrio. - Como queres o croissant? Eu preparo o teu pequeno-almoço. - Digo, bastante animada.

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- Nutella! - Eu ri ao lembrar do nosso filho e logo fui preparar o que ele pediu. Na verdade acabei por fazer um croissant com Nutella para mim também, há muito tempo que não como nada das ditas gordices. Tanto que até o meu peso só tem vindo a baixar ultimamente...
Assim que tudo estava pronto, eu pousei o café dele na mesa e depois os nossos croissants. Ele atacou logo o seu, e eu fiquei a olhar apaixonada. - O Milo parece-se tanto contigo... - Comentei enquanto ainda olhava para ele. Estou cheia de saudades dos nossos meninos, admito. Pego então no meu croissant e dou uma dentada. - Mm, que delícia... Não comia disto há anos...

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- Fazemos filhos maravilhosos. - Comento, ainda com um sorriso bastante apaixonado. - Devíamos fazer mais filhos? - Pergunto divertida enquanto como o meu croissant, mas nem me apercebi da pergunta séria que acabei de fazer.

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Arregalei os olhos quando ele se engasgou e logo me levantei, batendo-lhe levemente nas costas. Quando pareceu estar bem, voltei a sentar-me.
Olhei para ele, encolhendo os ombros depois. - Não sei... Fiz a pergunta só porque sim na verdade. Nós temos já alguns filhos mas realmente nunca tivemos esta conversa. - Ri, sorrindo ainda.

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- Não é uma escolha só minha, amor. Sei que isto acontece tudo aqui dentro, mas não faço os bebés sozinha. - Ri baixinho, pegando na mão dele.- Terá de ser uma decisão de nós dois. Tua também, amor. - Sorri, beijando-lhe a mão. - Acho que mais um pelo menos não nos faria mal... Se calhar mais do que isso a culpa não é minha! - Brinquei.

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- Eu sei disso, nunca me obrigarias a fazer uma coisa dessas. O meu Mikko é um bom homem. - Sorrio docemente, continuando a comer mais um pouco do meu croissant com Nutella. - Os nossos filhos saíram maravilhosos por causa do nosso treino intensivo. - Ri.

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- Estamos mais que terminados, por enquanto. Quando tu quiseres podemos ir. - Afirmo, terminando de comer o meu croissant. Levanto-me primeiro que ele e pego na sua mão, puxando-o para mim. - Vamos ter com os nossos bebés.

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Rapidamente me despeço dos meus empregados à medida que os vou encontrando. Meus empregados... É estranho pensar que são meus. Dantes também "eram", mas...
De qualquer das formas, nunca pensei neles nesse sentido, de realmente os possuir como se fossem objetos descartáveis. Nem eu nem os meus pais. Ensinaram-me bem...
Depois disso, seguimos para o nosso avião, que rapidamente nos levou de volta.

Encerrado.

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