Hotel

Estremeci e contorci-me assim que ele lá encontro o meu ponto mais sensível e intensifiquei ainda mais o beijo, como se isso fosse realmente possível. Só me apetecia saltar para o colo dele e pôr as mãos à obra. Mas não... Vamos fazer de outra maneira. Afastei-me dele e apoiei-me à parede, afastando as pernas uma da outra e observando-o enquanto molhava e mordia os lábios - Estás à espera de quê, Mikko?

Ressenti-me com o seu afastamento. Gostava de a ter bem perto de mim, sentir o seu corpo contra o meu a todos os momentos. Só que a alternativa dela era também excitante. Deu-me uma visão desimpedida do seu corpo, e oh, se eu não a comi com os olhos! 
- Do teu sinal. Foges de mim? 

Ri com o que ele disse e abanei a cabeça - Parece-te que estou a fugir agora? Eu estou à tua espera, meu amor - Afirmei num tom sedutor, mordiscando o lábio - Eu estou à espera que tu me venhas foder como tanto queres, amor.. E eu também - Murmurei, deixando-me ficar na mesma posição, aguardando-o.

Ouvi-la pôr em palavras exactamente aquilo que eu lhe queria fazer era do mais sensual que havia. Talk dirty to me, Feliiiiice. Num espaço de segundos eliminei a distância que havia entre nós. As minhas mãos seguraram nos seus pulsos, fazendo-a ficar com os braços levantados, também contra a parede. Então arremeti o meu corpo contra o seu, dentro do seu.

- Ah, Sullivan... - Gemi assim que me penetrou, inclinando a cabeça para trás. Fechei as minhas mãos com força, tentando juntar mais o meu corpo ao seu, como se ele já não estivesse praticamente todo dentro de mim. Virei o meu rosto para um dos lados, na tentativa de ver e sentir o seu rosto... Sentir... Esqueci-me que não posso passar as minhas mãos por lado algum. Movi o meu corpo contra o seu ao me aperceber que ainda estava parado e tentei alcançar os seus lábios para o beijar e possivelmente abafar alguns gemidos. - Anda, querido. - Incentivei, com um sorrisinho perverso.

Era um alivio e um prazer tremendo estar fundido desta maneira tão intima com Felice. Sentia que era um privilégio.  
Não queria ser bruto, e esperava que não o estivesse a ser, mas nesta foda não estava interessado em calma. Queria algo duro, sério. Bastante prazeroso. A água fazia os nossos corpos deslizar ainda melhor. Beijei os seus lábios volumosos. Que delicia, porra. - é para já amor - arremeti com força dentro dela.

Mordisquei e chupei o seu lábio quando investiu novamente em mim, soltando-o para gemer alto - Eu adoro quando tu me fodes, sabias? - Murmurei, gemendo alto novamente quando voltou a investir. Abri um pouco mais as pernas como se naquele momento fosse uma necessidade tão primária como gemer, e voltei a beijá-lo loucamente. Eu queria mover-me de igual forma, mas sabia que aquilo provavelmente sairia mais prazeroso para os dois se eu permanecesse quieta e o deixasse fazer o que sabe de melhor.

Por acaso fazia uma certa ideia do quanto ela gostava.Os seus gemidos e expressões de prazer davam-me uma ideia clara do que como ela se sentia sempre que fazíamos isto. - Hum,hum... - Baixei a minha boca até aos seus seios, agora ainda maiores por causa da gravidez. Era um deleite para os meus olhos.  Mordisquei-os. Depois voltei a erguer os meus lábios até aos dela, beijando-a apaixonadamente. Enquanto tudo isto, o ritmo das investidas ia aumentando.

Mesmo antes de os seus dentes mordiscarem os meus seios, eu já estava a gemer mais alto. Só o toque suave dos lábios de Mikko, fosse em que local do meu corpo fosse, já me deixavam suficientemente doida para isso. Mas ali era todo um conjunto de prazer amplificado: as mordidas, as investidas agora mais rápidas e profundas, os seus beijos de quando em vez... Eu passava a maior parte do tempo com os olhos fechados, e quando os abria era como se esse fosse um novo prazer para mim. Mordi o lábio quando o observei, buscando com urgência os seus lábios com os meus para o beijar.

Tornava-se difícil separar os meus lábios dela. Parecia que quanto mais perto ficávamos de atingir o orgasmo, mais precisava de estar em contacto total com o corpo dela. Queria tudo dela. Tudo. - Mantém os olhos abertos - Pedi - Quero vê-los quando de vires -murmurei, mordicando de seguida seu lábio inferior já inchado depois de tantos beijos. 
Soltei umas das suas mãos, deixando de lhe prender o pulso. Queria a minha mão noutro lado.Baixei-a até à junção dos nossos corpos. Procurei o seu ponto sensível e acariciei-o enquanto, ao mesmo tempo, prosseguia com investidas mais rápidos que depressa culminariam no nosso climax.

- Eu... Vou tentar, amor. - Respondi, já com uma certa dificuldade e entre gemidos. Estes eram cada vez mais descontrolados. Era impossível controlar o que quer que fosse no meio de tanto prazer como o que estou a sentir agora. Assim que as minhas mãos estavam livres, levei-as a passear pelo seu corpo, mantendo uma por entre os seus cabelos rebeldes molhados. No momento em que ele acariciou o meu clítoris, como se eu já não estivesse a ter prazer que chegasse, comecei a sentir as minhas pernas a tremelicar como se fossem feitas de gelatina ou substância parecida. Com o outro braço e mão segurei-me a Mikko com força, acabando por gemer mais alto por ele no momento em que me desfiz em milhares de pedaços num orgasmo intenso. Olhá-lo nos olhos no momento do clímax parecia ter ajudado um pouco, e eu nem desconfiara que um simples olhar podia ser tão poderoso neste momento, principalmente estando já com tanto prazer.

As coisas dentro daquele chuveiro estavam a atingir o ponto de ebulição. Eu já nem me dava conta de nada a não ser o corpo dela, a presença dela. Tudo o que os meus sentidos captavam era Felice e isso fazia-me perder a cabeça.
Então sentia-a desmanchar-se num orgasmo. E não só a senti, como a vi. Os seus olhos tiveram, por segundos, uma névoa de luxúria. Vê-la ter tanto prazer, despoletou  meu orgasmo - Foda-se - Vi estrelas.

Tive que me segurar a ele para não cair. Literalmente. Foi intenso ao ponto de me roubar a visão por uns segundos e fazer com que a minha capacidade auditiva diminuísse, ficando algo para o estranha. As minhas pernas poucas forças tinham, daí eu me estar a segurar a ele com todas as forças que ainda tinha nos braços e mãos. Olhei para ele, que aparentemente ainda estava tão atordoado quanto eu e sorri-lhe. - Isto é bom e tal... Mas de agora em diante vamos ter de deixar estas loucuras, senão dás mesmo cabo de mim. - Comentei, soltando uma pequena risadinha no final.

Depois do meu momento de ir-parar-à-lua-e-voltar-à-terra, caí em mim e abracei Felice, apoiando-a para que não escorregasse naquela enorme banheira. Não queríamos isso, pois não? Respirei fundo e sorri perante o que ela disse.
- Já me estás a dizer isso? Eu cá acho que tu ainda aguentas bem este ritmo até aos... digamos, 5/6 meses de gravidez? És mais forte do que pensas.

- Pois olha que eu não sei bem se assim o será, amor. - Comentei ainda num tom divertido, mais ainda meio aluada. Este homem ainda me mata com um orgasmo, deus do céu me acuda. - Eu esqueci-me de perguntar à médica se podia ter harcore sex, sabes? A ver se na próxima consulta não me esqueço dessa questão. - Acabei por rir, deixando-me ficar nos seus braços. - Mal sinto as pernas, Mikko.

Em momentos perfeitos como estes, eu esquecia-me que até à pouco tempo ela estava em coma numa cama de hospital. Felice era frágil e ao mesmo tempo tão forte. Eu só a queria proteger.
- Então, num destes dias, ligas à médica e perguntas se estás ok para hardcore sex, sim? - Fi-la saber - Se não eu mesmo ligo. Não pode esperar até à próxima consulta - Ri-me. - ...que é quando? Quero ir contigo - Beijei ao de leve os seus lábios. - Eu seguro-te - Agarrei-a pela cintura e fi-la enrolar as pernas à volta dos meus quadris, ficando assim ao meu colo - Não te esforças desta maneira.

Corei de imediato, arregalando os olhos. - Mikko! Eu não vou perguntar mesmo isso à médica! E tu muito menos! - Fuzilei-o com o olhar e desviei o olhar. - Queres vir comigo? - Questionei algo espantada. Não pela sua vontade de me acompanhar na consulta, mas sim por querer parar o seu trabalho para tal acontecer. Correspondi ao seu beijo com a mesma leveza e doçura e segurei-me melhor a si quando fiquei no seu colo.
-É na próxima Sexta-Feira, amor. Tu já me tinhas dito que nos próximos dias ias ter muito trabalho, por isso eu não insisti muito no assunto. - Acabei por dizer, sorrindo depois. - Ah, e a tua mãe já tinha dito que ia comigo se não pudesses ir. Eu pedi-lhe para ficar com o Milo quando eu fosse à consulta e ela entrou quase em pânico quando lhe disse que ia sozinha. - Ri-me, pousando a cabeça no seu ombro. Na verdade eu acho que ainda me faço de forte, mas não de propósito. Eu mesma me esqueço que ando incrivelmente frágil, que tive um horrível acidente e que, como ele disse, não me posso esforçar. Mas ando a fazê-lo como se nada fosse. Suspirei pesadamente e nada disse quanto à última coisa que disse.

Lancei-lhe um olhar surpreendido - E porque não? É uma pergunta normalíssima. Ela sabe que temos sexo. A prova é evidente - Sorri e mirei a sua barriga de relance. Assenti novamente que sim. Claro que queria ir. De outra forma não lho teria dito. Desta vez ia acompanhá-la e não descurar de um só minuto.
Fiz uma revisão mental à minha agenda nesse dia - Bom, vai ser difícil mas eu desmarco o que tiver a fazer por duas horas - disse-lhe - Típico da minha mãe - Relembrei com um sorriso. - Anda, vamos terminar este banho e secar. 

- Oh... Sim amor é óbvio que temos sexo mas pronto. Quando eu disse que não ia perguntar, referia-me ao hardcore - Ri. - Nããoo, não quero. Lava-me tu! - Resmunguei que nem uma miúda mimada. Sinto-me deveras cansada, mole. Respirei fundo e levantei a cabeça, olhando-o. - Pronto está bem... Já que tem de ser.

- Está bem, eu lavo-te - Era mais do que justo retribuir o favor - Fica quietinha - Ri-me ao dizê-lo. Voltei a enxugar-nos com água. Depois agarrei no gel de banho com cheiro a rosas. Espalhei-o pelo corpo dela, por todos os lados mesmo. Claro que não resisti a tocar certas áreas com mais...dedicação. Sorri maliciosamente.

- Com todo o gosto... - Murmurei, ficando depois então no chão, de pé, apenas me apoiando a ele ou à parede para não cair se me desse a fraqueza. - Hmm, isso sabe bem... - Resmunguei entre dentes, negando com a cabeça entretanto. - Mas eu já não me aguento caso queiras outra rodada. Terás de te aliviar sozinho. - Soltei uma pequena gargalhada e apoiei-me novamente à parede. Assim que eu já estava lavada, saí da banheira com todo o cuidado e apoiei-me ao lavatório.

- Ahm, eu não sei amor. Depois vê-se.. - Quase sussurrei assim que me falou em guardar aquilo para mais logo. Mordi o lábio e ergui o rosto para o observar através do espelho, mas foi-me impossível por este estar completamente embaciado. - Não amor, não me magoaste. Sinto-me muito cansada, é só isso amor. Eu estou bem, não te preocupes amor. - Endireitei-me e virei-me então para ele, mostrando-lhe um doce e pequeno sorriso.

Eu não devia ter insistido no sexo no duche. Não devia. Agora estava a sentir-me culpado por isso. Às vezes não pensas mesmo, Mikko Sullivan! - Não devíamos ter tido esta brincadeira no duche - Repliquei para mim mesmo. Depois olhei-a divertido. Avancei e peguei nela ao colo de forma inesperada - Já que estás cansada, deixa-me levar-te até ao quarto - Sorri.

Não gostei do que ouvi. Não gostava que Mikko se sentisse culpado por algo que não tinha culpa. Fui eu que o provoquei, fui eu que lhe pedi que fizesse o que fez. Não quero que se culpe por eu agora estar assim. Nem eu pensei que fosse ficar desta maneira. - Se eu volto a ouvir-te falar como se fosses o culpado, eu bato-te! - Avisei, rindo-me quando me pegou ao colo. - Mikko! - Gargalhei, segurando-me a ele.