Jardins

- Aberta a solicitações, então? Hum...
Aparentemente ela era fácil e servia para algo rápido. Apesar de estar saciado por Felice, queria estar com outra gaja antes que esta coisa da monogomia me afectasse também. Credo, parecia um vírus.
- O que é que dirias se eu te dissesse para irmos até um certo quarto neste colégio?

- Aberta a solicitações.. - remexi-me no banco do jardim. Queria-me parecer que ele estava a solicitar-se para tal coisa. - Parece-me uma ótima proposta.. mas, vamos para o meu. - não me queria parecer, que ele estivesse ''solteiro'', assim como eu estava.

Spoiler:

Com certeza que não seria no meu quarto. Nem precisava de ser no dela.
- Nunca ouviste falar o quarto escondido, nos dormitório? Ele serve perfeitamente para estas coisas.

- Lembraste que sou novata aqui?! - mordi o lábio e comecei-me a rir. Mas aquela ideia do quarto escondido, até que era uma coisa boa. Levantei-me. - Vamos?!

encerrado, porque tenho preguiça de escrever mais.

- Já sabes tantas coisas a respeito do director. Podias também saber disto.
Disse baixinho, em tom de gozo.
- Vamos. - e assim seguimos até aos dormitórios até ao quarto escondido.

encerrado.

Depois do ginásio, segui para os jardins e aí mandei a maior parte dos sms para Felice.
Não fiquei muito tempo à espera, ela apareceu rapidamente. Recebi-a com um beijo.

Assim que lá cheguei ele já lá estava, como havia dito na sua mensagem. Aprecei-me a chegar até ele e correspondi ao seu beijo, aprofundando-o. Estava com saudade, sim.  - Então, correu bem o treino?

Ela sim, parecia desejosa por me ver novamente. Só saíra do quarto à uma hora e meia, nem tanto. Enfim... - Correu normalmente, já estava a precisar de uma bela dose de exercício fora da cama.

Ri baixinho, percebendo o que queria dizer. - Ainda bem.. Eu estive a fazer coisas enfadonhas... A roupa suja já está lavada e passada. Ah, e troquei os lençóis, que também já estão passados e arrumados - Desviei o olhar e torci o nariz. A puta. Suspirei e ouvi o meu estômago. Oh estúpido!

Mais uma prova em como ela era realmente uma boa esposa, daqueles que se deve manter. Eu já lhe tinha dito que não usara muito a cama para aquele propósito. Fora mais o chão, as paredes... Bom, era melhor ficar calado - Ok. Queres ir comer onde?

Encolhi os ombros e ri baixinho - Vamos onde tu quiseres, não me importo. Eu não... Nem tenho muita fome - Murmurei, desviando o olhar de imediato, e mordi o lábio com alguma força. Na verdade estou esfomeada. 

Eu estava capaz de comer um leão. Ficava sempre assim depois do treino.
- Podemos ir comer qualquer coisa à cidade, que te parece?

- Parece-me bem. Vamos então - Sorri-lhe carinhosamente. Levei a mão ao estômago enquanto este roncava como se não houvesse amanhã. Até já me doía. Fiz uma careta discretamente e depois compus-me. Oh não, ele viu.

A mim ela não me enganava - Tens fome, sim senhora. Não tem mal nenhum - esperava que ela não estivesse outra vez com as ideias da bulimia e que não queria comer por isso.

Sorri-lhe meio atrapalhada. Merda. Agora vai-me fazer comer um prato cheio de sei lá o quê. Eu não posso comer muito.  - Não é assim muita fome.. - Mordi o lábio ao mentir

- Estás a gozar? Consigo ouvir os ruídos do teu estômago - disse a rir-me. Segurei-a pelas ancas e puxei-a para mim, fazendo-a encarar-me - Ouve, Felly. Tu és linda e o teu corpo é fantástico. Não tens de ter medo de comer.

 - Mas Mikko... - ... Eu estou mais gorda. Suspirei pesadamente, virando a cara para outro lado. O meu estômago continuava a fazer ruídos extremamente barulhentos, e a doer-me cada vez mais. PÁRA! Eu não posso comer assim tanto!

Peguei-a pela mão e caminhámos dalí para fora. Eu ia fazê-la comer e esquecer aqueles seus conflitos interiores com a comida. Acabámos por ir para a cidade na minha mota.

encerrado.

Senti-me a ser puxada por ele quando me deu a mão, e lá fomos para a cidade na sua mota.

Encerrado.

Parei encostado à porta que dava para o jardim e apenas abanei a cabeça positivamente saindo de dentro do colégio. Olhei em volta, para o exterior e fui-me sentar num banco colocando a minha mala ao meu lado para guardar lugar.

Dei uma corrida até à cantina, na tentativa de me despachar e peguei num tabuleiro onde coloquei um prato de comida para mim e outra para juntamente com um copo de sumo e uma peça de fruta. Peguei nos talheres e guardanapos e depois voltei para junto dele, avistando-o sentado numa das mesas de madeira junto de uma árvore.
- Não demorei muito, pois não? - perguntei quando cheguei junto dele, pousando o tabuleiro na mesa.

Agarrei na minha mala tirando um livro de exercícios de puzzles e coisas matemáticas e fiquei a olha-lo para o tentar resolver. Endireitei-me na cadeira quando ouvi uma voz e olhei para o lado vendo que era Caitlin.
-Não - murmurei guardando as minhas coisas.

Só agora reparava no livro de exercícios que estava pousado sobre a mesa, ele devia ser mesmo bom aluno. Sentei-me no lugar que ele tinha guardado para mim e fiz com que o tabuleiro deslizasse pela mesa, para vir mais para ao pé de nós.
- Trouxe esparguete, eu não sei se gostas.. - fiz uma pequena careta.- mas se quiseres posso ir trocar.

Felizmente a minha mala separava-nos. Olhei o tabuleiro, de onde vinha um odor delicioso que me despertou o apetite e estiquei-me até ao meu prato colocando-o à minha frente.
-Eu adoro esparguete - disse pegando no garfo e comecei a enrola-lo na massa. Desta vez quem ouvi foi a minha psiquiatra, ela estava sempre a dar-me conselhos para eu saber como lidar com as pessoas - obrigado.

Peguei no prato que me pertencia, tirando-o do tabuleiro e pousei-o mais junto de mim, pegando nos talheres. Olhei para Jake, ouvindo-o dizer que adorava esparguete e senti-me ficar logo mais satisfeita com a minha escolha.
- Não precisas de agradecer. - disse assim que o fez, levando um bocadinho de esparguete à boca.- conta-me coisas sobre ti. - pedi, tentando arranjar conversa.- o que é que estás a pensar tirar? - perguntei.