Hotel

Esbocei um sorriso torto e revirei os olhos - Tu gostas de mim carente porque adoras quando eu quase rastejo até ti para me apagares os fogos todos de uma vez. - Murmurei, fazendo depois beicinho.
- Eu acho muito bem... - Respondi, sussurrando, correspondendo de imediato ao seu beijo. Deixei que as minhas mãos percorressem o seu peito, deixo por ali até ao seu membro.

- Isso também - Concordei com um grande sorriso malicioso. A verdade é que ela carente dava um outro tipo de graça nos nossos jogos de sedução.
Mordi o seu lábio inferior quando ela me agarrou no membro. Voltei a ficar de novo ereto e pronto, à mercê do toque dela.

Sorri no momento em que trincou o meu lábio, ficando assim a olhá-lo nos olhos. Comecei então a acariciar o seu membro com calma, fazendo movimentos calmos com a minha mão. Não desviei o meu olhar do seu um segundo que fosse, e só fechei os olhos no momento em que o voltei a beijar.

Felice já conhecia bem como fazer o meu corpo reagir. Eu não tinha defesas perante ela. Gemi baixinho, olhando.a com interesse e admiração. - amor, não insistas muito... quero vir-me dentro de ti.

Gemi baixinho ao ouvir as suas palavras e contorci-me debaixo do seu corpo - Mas eu quero dar-te prazer como tu me dás a mim e eu já não sei como o fazer... Tu gostas, amor - Murmurei as últimas palavras num tom sedutor, começando a mordiscar o seu pescoço enquanto acelerava os movimentos da mão.

- Tudo o que tu faças me agrada e dá prazer, Felly - Ela tinha de saber isso, não?
A minha respiração ficou mais rápida - merda, isto é bom.

Sorri perversamente ao ver que estava a ter o efeito nele que eu pretendia e fiz com que rodássemos pela cama. Continuei os movimentos mas desci rapidamente pelo seu corpo, substituindo depois a minha mão pela minha boca, dando-lhe prazer da maneira que ele tanto adora mas não quer admitir.

- Oh meu deus, Felly! - Ela queria deixar-me louco, não era? - Esses teus lábios são divinas... - Ia ter que me deixar levar pois não ia conseguir conter-me durante muito mais tempo...

Voltei a acelerar os movimentos, uma vez que eu queria que ele se viesse assim, queria ser eu a dar-lhe um daqueles orgasmos como ele me dá a mim. No momento em que ele deixou de se conter e se deixou levar, atingindo assim o auge, afastei-me e limpei-me. Fiquei a observá-lo enquanto ainda estava ofegante, sorrindo enquanto mordiscava o meu dedo indicador.

Perdi a cabeça durante uns segundos. Ela levara-me ao paraíso.
Caía na cama de olhos fechados. Tentei recuperar o fôlego.
- Felice, sua marota, eu disse-te que queria acabar dentro de ti.

- Pára de ser teimoso amor, tu amaste. Tu amas sempre, só não o queres admitir - Ri baixinho e preparei-me para me deitar parcialmente sobre o seu corpo despido, mas deu-me uma tontura e eu simplesmente consegui alcançar a sua mão e apertá-la. Foi tudo muito repentino, mas Mikko tinha reagido de imediato, segurando me logo

Àquilo já não lhe respondi, caso contrário ela ficaria convencida e vaidosa.
Foi então que num reflexo vi-a perder momentaneamente o equilíbrio e agarrei-a. Segurei-a e abracei-a contra o meu corpo - Felly! Amor, como estás?

Deixei-me ficar muito quieta no seu abraço, engolindo várias vezes em seco, evitando ao máximo ter de fazer o que não queria. Só quando fui para responder é que me apercebi de que estava a tremelicar. - Não me abanes amor, por favor. - Pedi, num tom baixo, uma vez que me estava a sentir indisposta.
- Ok, larga-me. - Avisei rapidamente e assim que ele o fez levantei e corri para o wc, mesmo a cambalear um pouco. Fechei a porta com o pé pelo caminho e quando terminei tudo saí da divisão, ligeiramente mais pálida. É disto que não gostona gravidez.

Parei imediatamente de a abanar, arrependendo-me por até ali o ter feito. 
Odiava tudo aquilo. Ainda me lembrava como fora a gravidez de Milo, eu sempre a vê-la mal e sem poder fazer nada.
- É algo normal? -Perguntei. Se não fosse estava pronto para pegar nela e levá-la para o hospital - Senta aqui, meu amor. - Apontei para o meu colo.

Assenti calmamente, começando então a caminhar na sua direção sem pressas - É, amor... São os enjoos e as indisposições. - Expliquei, sentando-me finalmente no seu colo, fazendo-o arrepiar-se com o contraste de temperaturas. Tinha ficado gelada muito depressa, daí estar a tremelicar. Abracei-o com força e poisei a cabeça no seu ombro. - Desculpa amor...

- Pensei que isso só acontecesse pelas manhãs - Comentei, franzindo o sobrolho.
- Não fizeste nada de mal. Acho que está na hora de nos aninharmos debaixo dos lençois. 

 - Às vezes também acontece em outras alturas do dia, amor. Eu estou melhor amor, a sério, já passou... - Tentei tranquilizá-lo, assentindo entretanto - Sim, amor. Tenho frio... E agora já me podes aconchegar nos teus braços e abanar-me! - Sorri, e entretanto metemo-nos debaixo dos lençóis e eu aconcheguei-me bem a ele.

- Que pontaria ter acontecido agora - Comentei a rir-me. 
Fomos para debaixo dos lençóis e fizemos quase conchinha, eu atrás dela a abraçá-la. Os meus braços rodeavam protetoramente o seu ventre - eu amo-te Felice, sabias? - murmurei.

Coloquei as minhas maos sobre as suas e virei ligeiramente o rosto, para tentar vê-lo - Eu amo-te mais, Mikko. Muito mais... E nem resmungues porque é verdade, a minha opinião vale por duas - Ri baixinho - Sabes amor... Eu acho que é menina.

Por muito que eu tentasse, nunca ia conseguir contrariá-la naquilo. Ficava apenas feliz que ela soubesse o quanto a amava, e que ela me amasse também. Só com isto já era o homem mais feliz de sempre.
- Uma menina? Era bom termos um menina, uma princesa tão bonita como a mãe - comentei com um sorriso maravilhado, embora ela não pudesse ver porque estava de costas para mim.

- Bem, eu sempre quis ter uma menina... - Comecei por dizer, toda sorridente. - Amor, eu quero falar contigo sobre uma coisa. - Mordisquei o lábio e depois lá me virei para ele, mantendo-me juntinha ao seu corpo. - Eu não quero que tu mudes a tua maneira de ser por causa de mim... Eu apaixonei-me pela pessoa que tu és e não desejo fazer qualquer alteração nessa pessoa. - Sorri-lhe, suspirando depois - E eu sei que já falámos disto há uns tempos atrás, sobre casamento... E também não quero que te sintas obrigado a fazê-lo só porque os meus pais dizem. Eu já tenho tudo aquilo que me podia fazer feliz... Tenho um filho lindo, outro a caminho.. E tenho-te a ti, amor. - Roubei-lhe um beijinho e sorri. Na verdade eu até tinha medo de algum dia casar. Todos os casais, depois desse grande evento, acabam por mudar. Eu não quero que Mikko mude outra vez, não quero que se afaste de mim.
Ao me aperceber que já estava calada há uns tempos por estar perdida em pensamentos, suspirei e mudei de assunto - Eu também queria agradecer-te por me teres defendido do Mickael, amor...

Depois de termos tido Milo, eu não pensara em termos filhos novamente. Pelo menos tão cedo. A ideia agora agradava-me, e ainda mais se fosse uma menina. Sorri. 
Por momentos fiquei receoso quando ela se virou. Ouvi-a e senti.me tremer por dentro. Ela tinha medo que eu mudasse? Que me tornasse pior, não era isso? A verdade é que não a podia censurar. Eu já a devia ter pedido em casamento, há muito aliás. Sabia que não queria mais nenhuma mulher para mim e era como se já estivéssemos casados de qualquer maneira - Fel, eu... eu amo-te, muito mesmo meu amor e sei que não tenho sido o melhor namorado do mundo até agora mas... - olhei-a profundamente - eu vou fazer de tudo para que a nossa família seja feliz - e embora ela dissesse que não se importava se estávamos casados ou não, eu sabia que não era assim. Tinha que me emendar. 
- Tolinha, não há nada para agradecer. Fiquei muito satisfeito por o ter feito.

- Mas amor, nós já somos felizes. Eu sou feliz... - Respirei fundo e olhei-o nos olhos por instantes. - Ok, eu vou dizer tudo o que vai aqui na minha cabeça com todas as letras. Nós já somos uma família, já agimos como se fossemos casados e assim... Eu não quero que tu te sintas obrigado a casar comigo só porque os meus pais - e às vezes a tua família também - insistem que o devíamos fazer... E depois... Eu sei que casar torna as coisas muito oficiais e é um bocado assustador. E... - Engoli em seco e mordi o lábio com força. - Já mudaste uma vez, e muito, por causa do teu trabalho. E nos casamentos as pessoas têm a tendência a mudar muito e assim... E isso assusta-me também. - Desviei o olhar e suspirei baixinho.
- Oh, mas tu sabes que eu agradeço sempre amor. E até gosto de te ver assim a defender-me. Só que hoje não convinha seres meesmoo mau e eu não quero que te magoes. Ah, e eu também me defendi muito bem. Também sei uns movimentos karatecas amor!

Eu até ali tinha recusado o casamento por tudo isso. Odiava que me pressionassem e sentia até o gostinho de contrariar as pessoas que o faziam. Mas agora era diferente. Agora eu tinha juízo na cabeça e sabia aquilo que devia fazer - Nunca farei nada por me terem pressionado. Fâ-lo-ei porque quero e porque é minha escolha, sim? - Tranquilizei-a.
- Guarda os teus movimentos karatecas para depois pois não quero que nem tu nem a nossa pequenota aqui se magoem, sim? - Pedi num sorriso timido - Se ele te voltar a incomodar, avisas-me.

- Acho bem, amor. - Disse toda sorridente, roubando-lhe mais um beijo. É engraçado como somos viciados nos lábios um do outro e passamos o tempo a trocar pequenos e grandes beijos sempre que podemos. Acabei por imitar o seu sorriso tímido e assenti. - Mas os movimentos que eu sei aprendi com os nossos filhos, eles treinam muito aqui dentro. - Ri baixinho e aconcheguei-me mais a ele, ficando a meros milímetros dos seus lábios. - Sim amor, eu aviso-te logo... Ah, porra amor... Eu amo-te tanto. - Sussurrei com um sorriso ainda mais tímido que o seu, sentindo as minhas bochechas a arder.